Caminhoneiros são céticos sobre auxílio prometido por Bolsonaro: "melzinho na chupeta"

Anúncio feito pelo presidente não detalha valores do novo auxilio, que supostamente compensaria alta no preço do diesel; categoria ameaça paralisar atividades em 1º de novembro

Nesta quinta-feira, 21, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu criar um auxílio para caminhoneiros para tentar compensar a alta do diesel. Sem dar mais detalhes sobre o programa, o mandatário disse que 750 profissionais da categoria seriam beneficiados. O anúncio, contudo, foi recebido com ceticismo pelos profissionais. Lideranças afirmaram que não vão recuar das ameaças de paralisação para o dia 1º de novembro e chamaram a politica do chefe do Executivo de “melzinho na chupeta”.

"Eles já fizeram até um reajuste no piso mínimo do frete. Mas isso, como se diz no nosso linguajar de motorista, é um 'melzinho na chupeta', o famoso 'tapinha nas costas' que a categoria já vem levando desde 2018", disse José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB) à Folha de São Paulo. Segundo o representante, a exigência é de que a política de preços dos combustíveis seja alterada.

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O representante da categoria em Santos (SP), Marcelo da Paz, diz que o presidente está blefando e alega que a medida é insuficiente para impedir a próxima manifestação. Segundo Paz, os caminhoneiros exigem cumprimento do frete mínimo.

“A gente não aceita auxílio nem quer esmola”, disse a liderança, adiantando que será preciso mais do que isso para desmobilizar a categoria. No último ano, a alta no valor do diesel chegou a 37,99%, com aumento registrado ainda nas duas últimas semanas.

Segundo o Infomoney, na manhã desta quinta-feira, caminhoneiros paralisaram bases de carregamento de combustíveis em Campos Elíseos, no Rio de Janeiro. A região conta com bases de abastecimento das principais distribuidoras de combustíveis, e tanqueiros precisaram barrar a entrada de caminhões e fechar unidades para evitar tumulto e depredações no local.

Caminhoneiros prometerem uma greve nacional a partir do dia 1º de novembro, mas o governo não acredita que a paralização acontecerá. Segundo informações do Yahoo Notícias, a ameaça é vista como falsa, tendo em vista outras tentativas que não chegaram a se concretizar.

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