Elizabeth Chagas é reeleita para comando da Defensoria Pública do Ceará

Segundo a Constituição Estadual, o resultado será enviado em lista tríplice ao governador Camilo Santana (PT), a quem cabe decidir qual candidato ou candidata ocupará o posto

A defensora pública Elizabeth Chagas venceu, nesta sexta-feira, 8, a eleição interna para Defensor Público-Geral. Com 54,47% dos votos, ela venceu o defensor Rubens Lima, integrante do Conselho Superior da Defensoria (Consup), que totalizou 51,01%. A votação foi obrigatória para todos os defensores públicos da ativa, e aconteceu nas sedes da Defensoria em Fortaleza, Sobral e Crato, das 9h às 15h da tarde.

A defensora geral reeleita venceu nas três urnas eletrônicas, ou seja, nas cidades de Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral. Segundo a Constituição Estadual, o resultado será enviado em lista tríplice ao governador Camilo Santana (PT), a quem cabe decidir qual candidato ou candidata ocupará o posto. 

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disponibilizou urnas eletrônicas instaladas na sede da Defensoria Pública do Estado do Ceará, localizada na Avenida Pinto Bandeira, 1111 – bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, e nas sedes localizadas nas cidades de Juazeiro do Norte e Sobral.

“Mais um biênio em prol do fortalecimento da nossa Defensoria. Sempre mais perto da população e mais próximo do defensor. Que essa energia contagie. É o reconhecimento de muito trabalho, de muito esforço feito em meio a dois anos de pandemia. A gente fez a Defensoria crescer para que ela pudesse atender ainda melhor à população”, afirmou Elizabeth após o resultado das urnas. 

Em 2021, o órgão conta agora com sua oitava gestão desde sua criação, 24 anos atrás. A presidente da Comissão Eleitoral, defensora Sandra Dond, avaliou o processo eleitoral como tranquilo“. Hoje, houve a tentativa de impugnação de um dos votos, mas a comissão não acatou porque isso tinha sido matéria apreciada já numa reunião com os candidatos e não foi levantada essa impugnação. Então, a comissão apurou todos os votos. Tudo correu na maior tranquilidade e no respeito mútuo, que é o que deve haver numa eleição de classe”, explicou. 

Com a expectativa de ser reconduzida ao cargo após decisão do Exectuvo, Elizabeth deve assumir mais uma gestão com o desafio da pandemia do coronavírus. O cenário atravessou praticamente todo o primeiro mandato da defensora geral. Apenas três meses após tomar posse a insituição teve que agir diante das adversidades  decorrentes do isolamento e distanciamento social imposto pela Covid-19. 

Com uma média de 350 membros no Ceará, em 2020, a DPGE realizou 901.313 atuações de diversas naturezas. Desse total, 77,8% (quase 701 mil) aconteceram no período de isolamento social devido a Covid-19. Do total de atuações, 424.719 foram atendimentos a populações vulneráveis. Para o setor psicossocial, por exemplo, foram realizados 27.206 procedimentos, que teve um ano intenso de atuação remota para auxiliar pessoas a lidarem com questões de saúde mental durante a pandemia.

Histórico

Elizabeth Chagas ingressou na Defensoria Pública do Ceará em 2006 e é a atual Defensora Pública Geral do Ceará, eleita para o biênio 2020-2021. Formada em Direito pela Unipê, na Paraíba, seu estado natal, é especialista em Direito de Família.

Iniciou sua atuação pelo interior e trabalhou nos municípios de Várzea Alegre, Crato e Maranguape. Em Fortaleza, já atuou no Juizado da Mulher e no Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem), desenvolvendo ações de enfrentamento à violência contra às mulheres, principalmente àquelas da periferia e de acampamentos rurais e adolescentes de escolas públicas.

Titular do Núcleo de Habitação e Moradia, Elizabeth idealizou os projetos Mulher Sem Medo, com sistema de monitoramento eletrônico 24h, Mulher Agrária e Autonomia Já, para estimular a defesa contra a violência.

Durante atuação na Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), a defensora participou inicialmente da Comissão de Mobilização e depois assumiu a Diretoria Jurídica e de Prerrogativas. Ocupou o cargo de secretária executiva da ADPEC, de 2016 a 2019 e participa do Fórum Justiça desde sua criação e lançamento no Ceará. É também membro do conselho deliberativo do Instituto Maria da Penha.

Sobre os projetos a serem implantados, a defensora garante ter projetos em andamento para a melhoria nas condições de trabalho dos servidores e no atendimento. “É possível avançar ainda mais. Em termos de tecnologia, vamos implantar a Central de Atendimento Remoto Integrada, incluindo Alô Defensoria, Sistema de atendimento via Whatsapp e aperfeiçoar a Dona Dedé, para coordenar atendimento, unificar informações e desenvolver novas tecnologias focadas no atendimento à distância”, destaca.

 

Atualizada às 9h42 de 11/10/2021 após correção feita pela Defensoria 

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