"Fiz muito mais projetos para defender a polícia do que Bolsonaro fez na vida", diz Freixo

De acordo com o deputado, em 30 anos de vida pública, o atual presidente nunca apresentou um projeto em favor dos policiais

O deputado federal e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "nunca fez nada pelas polícias", categoria que representa sua principal base de apoiadores. Segundo o parlamentar, a adesão é fruto de uma falsa narrativa criada pelo ex-capitão do Exército, que se mostra como um defensor dos profissionais da segurança pública.

De acordo com Freixo, em 30 anos de vida pública, o atual presidente nunca apresentou um projeto em favor dos policiais.

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“Eu fiz muito mais projetos para defender a polícia do que Bolsonaro fez na vida e aparece dizendo que defende a polícia, mas não faz p. nenhuma pela polícia em 30 anos. Se utiliza da polícia para fazer discurso de medo e de ódio”, afirmou o deputado, em entrevista ao canal Flow Podcast nessa segunda-feira, 4.

“E a gente que trabalha com direitos humanos para que a polícia tenha direitos, para que a polícia seja valorizada, para que a polícia não morra, para que a família da polícia tenha assistência, esse imbecil constrói uma narrativa pra dizer que a gente é contra a polícia”, acrescentou Freixo.

Para ele, Bolsonaro criou uma mentira de que direitos humanos seriam uma oposição à atuação de policiais, quando na verdade, seriam um complemento.

“No mundo inteiro não existe isso de que direitos humanos protege bandido e de que polícia mata bandido, isso é um negócio primitivo. No mundo todo direitos humanos são para melhorar a qualidade das polícias, um complemento da lei, em que a polícia é garantidora dos direitos, é muito civilizado. É muito óbvio, mas [com Bolsonaro] a gente perdeu o óbvio”, explicou.

Bolsonaro está fora do "jogo democrático"

Freixo afirmou ainda que Bolsonaro está fora do "jogo democrático", de modo que a sua atuação política não pode ser vista como um polo oposto à esquerda, nem tampouco ser comparada à atuação do ex-presidente Lula (PT). 

“Lula e Fernando Henrique Cardoso tinham uma polarização. PT e PSDB tinham uma polarização, mas era uma polarização republicana. Ter divergências faz parte da política, a democracia só existe se for pra gente ser diferente, mas não pode ter um cara que se pensa diferente, vira inimigo e vai ser eliminado, esse é o problema do Bolsonaro”, afirmou.

"O problema dessa família Bolsonaro não é ser de direita, eu tenho amigos de direita, respeito o pensamento liberal, divirjo, mas troco ideias. O que estou dizendo é que Bolsonaro não está no debate liberal, não está no debate republicano, ele está fora disso. Bolsonaro está relacionado à milícia”, disse.

Segundo o deputado, além do presidente ter sido "péssimo capitão" e "deputado horroroso", o clã Bolsonaro sequer pode ser considerado um polo da política pelo fato de não fazer política.

“A sua família é absolutamente vinculada à milícia e eu falo aqui como quem investigou a milícia mais do que qualquer um. É uma família que sempre esteve no crime”, completou o parlamentar, que foi presidente da CPI das Mílicias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2008.

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