Em evento com 16 partidos, TSE abre código-fonte das urnas eletrônicas

O protocolo acontece a um ano das eleições de 2022, previstas para o dia o dia 2 de outubro. A abertura dos códigos ocorreria apenas em abril de 2022, mas foi antecipada como uma das medidas para dar maior transparência ao processo eleitoral

Em uma cerimônia que contou com a presença de 16 lideranças partidárias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu nesta segunda-feira, 4, o código-fonte das urnas eletrônicas. Desta vez, o protocolo acontece a um ano das eleições de 2022, previstas para o dia 2 de outubro.

O código-fonte é um conjunto de linhas de programação de um software, com as instruções para o devido funcionamento do sistema, e sua abertura permite a fiscalização dos equipamentos pela sociedade civil.

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A abertura dos códigos ocorreria apenas em abril de 2022, mas foi antecipada em seis meses como uma das medidas para dar maior transparência ao processo eleitoral adotadas pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

"Abrir o código-fonte é colocar à disposição para fiscalizarem e participarem do desenvolvimento do programa. O ideal é que o Parlamento indicasse técnicos para acompanhar cada passo do processo", disse o ministro.

A iniciativa acontece após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) empreender uma série de ataques contra as urnas eletrônicas, colocando o sistema eleitoral sob suspeição. Bolsonaro, que defende o voto impresso, chegou a dizer, durante manifestações antidemocráticas do dia 7 de setembro, que "não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições”.

“Nós temos uma obsessiva preocupação em tornar o sistema tão transparente quanto possível” afirmou o presidente do TSE, que se tornou alvo principal dos ataques do presidente e seus apoiadores.

O evento também contou com a participação dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que assumirá o lugar de Barroso na Corte eleitoral em 2022.

Em sua apresentação, o secretário de Tecnologia de Informação do TSE, Júlio Valente, destacou que, ao todo, há 26 oportunidades para fiscalização o processo eleitoral, antes e depois das eleições.

“Como o sistema flui há muito tempo, e felizmente flui bem, muitas pessoas nunca se deram ao trabalho de parar para saber exatamente como é cada etapa, como é transparente e como nós temos preocupações com a auditoria das eleições. Por esta razão, estamos fazendo este movimento pela total transparência” explicou Barroso.

Estiveram no evento no TSE dirigentes e representantes de diversos partidos, como PP, PRTB, PSD, PSDB, PSL, Solidariedade, Cidadania, PT, PV, Rede, Avante, MDB, Novo, PCdoB, Psol e Republicanos.

A um ano das eleições,  o TSE busca ampliar as condições de transparência e segurança do sistema de votação para as eleições que prometem ser as mais acirradas desde a redemocratização. Entre a série de medidas que a Corte irá adotar estão a publicação automática do extrato da votação nas seções eleitorais, a renovação de cerca de 200 mil urnas eletrônicas e o lançamento, até o final do ano, de uma campanha institucional de mobilização sobre a importância da democracia, dirigida pelo publicitário Nizan Guanaes.

 

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