Fiocruz recomenda passaporte da vacina para todo o Brasil

Novo boletim da Fundação indica necessidade de diretriz nacional sobre o assunto

O novo boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira, 1º, indica a adoção do passaporte vacinal como medida estratégica para estimular a vacinação no Brasil. A defesa da fundação pelo documento baseia-se no princípio de que, em saúde pública, “a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver para todos”.

O passaporte da vacina funciona como um comprovante individual, que informa se a pessoa está ou não imunizada contra a doença. A norma controla o acesso da população a locais fechados, sejam eles públicos ou privados. Academias, cinemas e teatros são alguns dos estabelecimentos que estão aptos a cobrarem essa autorização.

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A partir de dados dos dias 12 a 25 de setembro, o informativo aponta para a estabilização nos casos de Síndrome Aguda Respiratória Aguda (SRAG) e Covid-19 no país, com indícios de arrefecimento da pandemia. A ampla vacinação vem contribuindo para o cenário positivo, indica o boletim.

O indicador mostra que 25 unidades da federação estão fora da zona de alerta, atualmente, com taxas de ocupação de leitos Covid-19 abaixo de 60%. Somente Espírito Santo mantém ocupação alta, mesmo sem reduzir número de leitos, e o Distrito Federal teve aumento na ocupação após diminuir o número de leitos.

O momento ainda exige cuidado e os pesquisadores destacam a importância de criar diretrizes para o passaporte da vacina em nível nacional para evitar a criação de um “cenário de instabilidade” em relação ao tema.

O boletim também destaca a importância de controlar a circulação de pessoas não vacinadas para evitar a transmissão do vírus.

“Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da Covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, afirmam. Há redução de internações (-27%) e óbitos (-42%).

Todavia, o avanço da imunização tem trazido de volta uma característica inicial da crise, quando idosos morriam mais da doença. De acordo com o documento, hoje, o grupo de idosos se consolida como mais representativo entre os casos graves e fatais, com 57% das internações e 79% dos óbitos: “Novamente, pela primeira vez desde o início da vacinação entre adultos, todos os indicadores (internações, internações em UTI e óbitos) passam a ter a média e a mediana acima de 60 anos”.

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