Bolsonaro diz que não vai "melar" eleição e que "não tem por que duvidar do voto eletrônico"

Apesar da mudança de tom em relação ao voto eletrônico, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso, mesmo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmando que o assunto está superado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não irá “melar” as eleições de 2022, garantindo a realização do pleito no ano que vem. O presidente reforçou ainda que "com as Forças Armadas participando (do assessoramento durante a eleição), não tem por que duvidar do voto eletrônico". Declarações foram dadas em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira, 24.

"Olha só: vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição. O que o Barroso está fazendo? Ele tem uma portaria deles, lá, do TSE, onde tem vários setores da sociedade, onde tem as Forças Armadas, que estão participando do processo a partir de agora. As Forças Armadas têm condições de dar um bom assessoramento. Com as Forças Armadas participando, você não tem por que duvidar do voto eletrônico", afirmou, após ser questionado sobre se aceitaria a derrota do voto impresso no Congresso.

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Ao ser indagado sobre a possibilidade de se valer de um golpe para manter o poder, Bolsonaro garantiu que “a chance é zero”. No entanto, revelou que houve pressão “de algumas pessoas” para que ele “jogasse fora das quatro linhas”. Bolsonaro não citou nomes ou referências.

Apesar de mudar o tom em relação ao voto eletrônico, o presidente brasileiro voltou a defender a ideia do voto impresso, mesmo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmando repetidamente que o assunto está superado.

“Por que os bancos investem dezenas de milhões para cada vez mais evitar que hackers entrem e façam um estrago em seu banco? A tecnologia muda. O que estou pedindo? Transparência. “Muita gente diz: ‘Eu não vou votar porque o meu voto não vai ser contado para quem eu votei’" disse Bolsonaro à Veja.

E seguiu: “Uma vez conversei com o ministro Luiz Fux, presidente do STF, sobre esse assunto. Ele ia implementar 5% do voto impresso no Brasil. 5% do voto impresso, ao lado da urna eletrônica. E depois o Supremo pulou para trás e disse que é inconstitucional, não sei por quê. Se o Lula está tão bem, como diz o Datafolha, por que não garantir a eleição dele com o voto impresso?”, questionou.

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