Em discurso na ONU, Bolsonaro diz que Brasil estava "à beira do socialismo"

Bolsonaro afirmou que o país tem um presidente que respeita a Constituição; entretanto há duas semanas ele participou de atos com teor antidemocrático no feriado de 7 de setembro

Em seu discurso na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta terça-feira, 21, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que foi ao encontro para apresentar um Brasil “diferente” daquele publicado em jornais ou visto na televisão. Segundo o presidente, o país "mudou muito" depois que ele assumiu o governo em janeiro de 2019.

"Estamos há dois anos e oito meses sem qualquer caso concreto de corrupção. O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, valoriza a família e que deve lealdade ao seu povo. Isso é muito, é uma sólida base se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, afirmou. 

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Entretanto, há duas semanas, no dia 7 de setembro, Bolsonaro participou de atos que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e intervenção militar. Na ocasião, o presidente também realizou discursos a apoiadores, em Brasília e em São Paulo, ambos com teor antidemocrático e em tom de ameaça à democracia e às instituições nacionais.

Segundo o presidente, estatais que davam prejuízo, hoje são lucrativas e bancos de desenvolvimento financiavam obras em países comunistas sem garantias. "Apresento agora um novo Brasil, com sua credibilidade já recuperada. O Brasil possui programas de investimentos com a parceira privada. Na Área de infraestrutura leiloamos aeroportos e terminais portuários".

E seguiu: "Introduzimos sistemas de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo do americano (...) Em nosso governo promovemos o ressurgimento do modal ferroviário", destacou, acrescentando que com isso há redução de combustível fóssil e barateamento na produção de alimentos.

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