PF prende jovem no Paraná suspeito de preparar ataque terrorista
A PF apurou que o indivíduo vinha mantendo contato direto com radicais islâmicos no exterior, manifestando intenção de viajar para outros países, como o Iraque, e incorporar-se a organizações terroristas
A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira, 2, a Operação Trastejo, para investigar possíveis atos preparatórios de terrorismo. Durante o cumprimento das medidas expedidas pela pela Justiça Federal de Maringá, a corporação prendeu um jovem que, segundo a PF, passou a assumir uma visão religiosa extremista e violenta, com potencial para provocar atos definidos em lei como terrorismo.
Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, foram apreendidos uma espingarda calibre 32 e "muitos simulacros de arma". “A PF apurou que o indivíduo vinha mantendo contato direto com radicais islâmicos no exterior, manifestando intenção de viajar para outros países, como o Iraque, e incorporar-se a organizações terroristas”, registrou a corporação em nota.
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Segundo a PF, o jovem publicou vídeos em grupos na internet em que, encapuzado, "exibia armas, munição, rádio comunicador, cédulas de dólares americanos, dentre outros itens, proferindo conteúdo extremista e manifestando desejo de executar mortes de inocentes em uma ação suicida".
As investigações alegam que o preso possui extenso histórico de registros criminais, incluindo posse de entorpecente, ação penal pela prática do crime de homicídio qualificado e condenação por posse irregular de arma de fogo e outra por tentativa de roubo.
“A investigação constatou que o preso possui treinamento para o manuseio e emprego de armas, além de motivação (radicalismo religioso) e meios (armas e munições), podendo a qualquer momento ou oportunidade fechar o ciclo para a consumação de ato terrorista", disse a PF.
Após os fatos, a operação foi deflagrada conforme previsão da Lei de Enfrentamento ao Terrorismo sobre a prática de atos preparatórios ao terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito (art. 5º, caput, da Lei n. 13.260/2016). As penas previstas na lei chegam a 30 anos de reclusão”, explicou a PF em nota.
De acordo com a corporação, o nome da operação faz referência ao fato de o investigado divulgar ser professor de música por meio das redes sociais. A PF indicou que o nome da ofensiva remete a "um defeito no braço do instrumento de corda que provoca problemas na emissão do som".