Ao lado de Bolsonaro, chefe do Exército faz discurso de garantia de estabilidade

A declaração acontece no contexto de ameaça de ruptura institucional por parte do presidente, com um eventual apoio das Forças Armadas

Na cerimônia do Dia do Soldado nesta quarta-feira, 25, o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), é o "comandante supremo das Forças Armadas". Durante o discurso, ele disse ainda que Marinha, Aeronáutica e Exército, estão “prontos a cumprir sua missão delegada pelos brasileiros, na Carta Magna”.

As declarações, todavia, acontecem no contexto de ameaça de ruptura institucional por parte do presidente, com um eventual apoio das Forças Armadas. Paulo é sucessor de Edson Leal Pujol, que renunciou o cargo acompanhado dos comandantes Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica), que pediram afastamento após a queda do ex-ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, em março deste ano. Ao anunciarem a saída, os militares repudiaram uma tentativa de "aventura golpista".

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Bolsonaro também esteve no evento de hoje, que aconteceu no Quartel General do Exército em Brasília, mas não discursou. Ao lado do mandatário, estavam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-AP), ministros de Estado e outros integrantes do alto comando. O presidente de Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também compareceu ao encontro. Apesar de ter confirmado presença, o presidente do (STF) Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, não compareceu ao evento.

Durante o encontro, foram entregues condecorações da Ordem do Mérito Militar, a Medalha do Pacificador e a Medalha do Exército Brasileiro a personalidades, civis e militares. Após o discurso, houve apresentação artística do exército e desfile motorizado, a pé e de hipomóvel, com 1.461 militares e 90 viaturas.

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