YouTube remove 14 lives de Bolsonaro devido conteúdo falso sobre Covid-19

A ação é a mais dura feita contra o mandatário, por violações da política de informações médicas corretas sobre a Covid-19

O YouTube removeu nesta quinta-feira, 22, um total de 15 vídeos do presidente Jair Bolsonaro, sendo 14 lives, postados pelo presidente em seu perfil na rede social. A ação é a mais dura feita contra o mandatário por violações de regras da plataforma. A publicação do material aconteceu entre o ano passado e este ano. Eles foram derrubados por trazerem conteúdo falso e violarem a política de informações médicas corretas sobre a Covid-19.

Entre as 14 lives removidas, estão as transmissões que o presidente fez em 6 de agosto do ano passado, com Eduardo Pazuello, e em 27 de agosto, ao lado da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Outra, já deste ano, e posterior à nova política, que foi implementada em abril, foi feita diretamente do Amazonas, em 27 de maio. O último é um vídeo no qual o presidente repostou uma entrevista da médica Nise Yamaguchi recomendando cloroquina e ivermectina durante uma entrevista para a emissora CNN.

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“Após análise cuidadosa, removemos vídeos do canal Jair Bolsonaro por violar nossas políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19. Nossas regras não permitem conteúdo que afirma que hidroxicloroquina e/ou ivermectina são eficazes para tratar ou prevenir Covid-19; garante que há uma cura para a doença; ou assegura que as máscaras não funcionam para evitar a propagação do vírus”, afirmou a plataforma em comunicado enviado a coluna do jornal Metrópoles. 

A ação é considerada grave porque gerou o que a plataforma de vídeos chama de alerta ao usuário, sinalizando ao presidente que houve uma violação das regras de uso do YouTube. Na próxima violação cometida, Bolsonaro sofrerá um strike, ou seja, ficará por uma semana sem poder usar o canal.

Já houve outras remoções de vídeos postados por Bolsonaro, mas, como eles haviam sido publicados antes da nova política sobre informações médicas relacionadas à Covid, elas não contam como penalização.

A reportagem informou ainda que recebeu um comunicado do site afirmando que as diretrizes “estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais”, e que as políticas internas foram mudadas para seguir essas orientações. “Aplicamos nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem seja o produtor de conteúdo ou de visão política”, informou o texto.

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