Esposa de Ronnie Lessa é presa por tráfico internacional de armas

Elaine Lessa foi presa na manhã deste domingo, 18, pela PF. A mulher é esposa do policial reformado Ronnie Lessa, apontado pela Polícia Civil como o homem que executou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes

A Polícia Federal prendeu na manhã deste domingo, 18, Elaine Lessa, esposa do policial reformado Ronnie Lessa. O homem é apontado pela Polícia Civil como o autor da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Elaine e Ronnie tiveram uma nova prisão decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por tráfico internacional de armas. Elaine tinha acabado de deixar a cadeia na última sexta-feira, 16, acusada de destruição de provas, quando tentou se livrar do arsenal que Ronnie tinha em casa.

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Ronnie está no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ele deve ir a júri popular como o executor da morte da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Operação Supernova

Conforme informações divulgadas pelo G1 Rio de Janeiro, as investigações começaram após uma encomenda vinda de Hong Kong ter chamado a atenção da Receita Federal no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no dia 23 de fevereiro de 2017.

No pacote, a Receita Federal encontrou 16 quebra-chamas para fuzil AR-15. A peça é utilizada para ocultar as chamas decorrentes de disparos de armas de fogo, responsável por não revelar a posição do atirador. 

O destinatário era a Academia Supernova, que funcionava na comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade. Ronnie e Elaine eram sócios do estabelecimento.

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O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal (Gaeco/MPF) e a PF descobriram que Lessa e a mulher estavam por trás da importação das peças.

Lessa e Elaine também viraram réus pelo crime de tráfico internacional de armas de uso restrito. No pedido de prisão feito à Justiça, o MPF destacou que “os quebra-chamas ilegalmente importados pelos denunciados são acessórios tipicamente utilizados em confrontos armados ou emboscadas”.

O pedido de prisão diz ainda que “se pode deduzir que tais acessórios seriam empregados em confrontos armados entre organizações criminosas que assolam o Rio de Janeiro, ou na eliminação sumária e velada de inimigos e desafetos”. A investigação sobre a importação das peças de fuzil foi batizada de Operação Supernova, em referência à academia.

Responder em liberdade

Elaine foi solta pela Justiça do Rio de Janeiro, no último sábado, 17, depois de ter sido condenada por destruição de provas. Conforme o Ministério Público, Elaine Lessa, um cunhado e dois amigos de Ronnie elaboraram e executaram o plano para se livrar do arsenal que Ronnie tinha em casa.

Isso ocorreu quase um ano depois da morte da vereadora. Elaine Lessa, Márcio Montavano, Bruno Figueiredo e Josinaldo Freitas estavam detidos e deixaram a cadeia. Eles devem seguir respondendo pelo processo em liberdade.

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