Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defende independência do Congresso e critica militares

O pronunciamento aconteceu dois dias depois de o Ministério da Defesa, juntamente com as Forças Armadas, divulgar uma nota ameaçadora contra a CPI da Covid

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-RO), realizou uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 9. Na ocasião, o parlamentar defendeu a independência da instituição e a prerrogativa dos deputados, em uma resposta direta aos militares, que enviaram uma nota com tom ameaçador à CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira, 8.

"Temos compromissos que são inarredáveis, inafastáveis. O compromisso com a República, com o pluralismo político e da separação entre os Poderes, que signifique o respeito. Entre elas, uma separação entre os poderes, que não significa necessariamente desunião”, declarou Pacheco.

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Logo depois, o parlamentar completou: “Quero reafirmar a independência do Congresso, que não admitirá qualquer atentado à sua independência. E às prerrogativas de seus parlamentares: por palavra, opinião e voto”, diz Pacheco. O senador defendeu, em seguida, a “preservação absoluta do estado democrático de direito e da democracia”.

O pronunciamento aconteceu dois dias depois de o Ministério da Defesa, juntamente com as Forças Armadas, divulgar uma nota contra a CPI da Covid e chamando o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), de “leviano e irresponsável” diante de denúncias de corrupção que envolveriam alguns militares no Ministério da Saúde.

Em discurso no Senado no mesmo dia, Aziz cobrou de Pacheco uma reação mais dura em resposta aos militares. O próprio senador Aziz respondeu à nota. Nesta sexta, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos Almeida Baptista Junior, subiu o tom contra o Congresso

Rodrigo Pacheco também comentou sobre as especulações que colocam em risco a lisura das eleições de 2022, mencionadas frequentemente ao presidente a Jair Bolsonaro. "Portanto, tudo quanto houver de especulações em relação a algum retrocesso a democracia, como a frustação das eleições próximas vindouras no ano de 2022, é algo com que o Congresso Nacional, além de não concordar, repudia evidentemente. Nós não admitiremos qualquer tipo de retrocesso neste sentido", concluiu o deputado.

Acompanhe o quarto episódio do Jogo Político: 


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