Bolsonaro volta a ameaçar eleições e chama Barroso de "idiota" e "imbecil"

A fala acontece em uma semana marcada por ataques consecutivos do presidente contra o sistema eleitoral

Em conversa com apoiadores na manhã desta sexta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de "idiota" e "imbecil" e pôs em dúvida a realização das eleições de 2022 caso não seja implementado o voto impresso.

"Não tenho medo de eleições, entrego a faixa a quem ganhar, no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos risco de não termos eleições ano que vem. Futuro de vocês que está em jogo", disse Bolsonaro.

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Sem provas, o presidente reiterou que o atual sistema 100% eletrônico é passível de fraudes e defendeu o modelo impresso. Ele antecipa que uma suposta fraude nas urnas pode resultar em sua derrota no ano que vem.

"Se essa cambada voltar ao poder, toda semana vocês tinham dois, três casos de corrupção. Comigo agora, terceiro escalão teria negociado comprar vacina. Não foi gasto um centavo. Daí vêm os institutos fraudados colocando o nove dedos em cima [Lula]. Para que? Se confirmado, com voto fraudado no TSE. Não estou culpando todo servidor, mas na cabeça tem algo, porque não querem o voto auditável", disse.

Na ocasião, Bolsonaro também fez duras críticas ao ministro Barroso, declaradamente contra a mudança. O magistrado, que argumenta que o principal problema do voto impresso é de que ele poderia comprometer o sigilo do voto, foi chamado de “idiota” pelo presidente.

"Resposta de um imbecil, lamento falar isso de uma autoridade do STF, só um idiota para fazer isso", disse Bolsonaro que afirmou ainda afirmou que era uma "vergonha" Barroso estar no STF.

Em entrevista ao jornalista Josias de Souza para coluna no UOL, Barroso comentou os constantes ataques de Bolsonaro. "Eu não paro para bater boca", disse. "Cumpro o meu papel pelo bem do Brasil”, completou. "Eleição vai haver, eu garanto", finalizou.

No encontro de hoje, o presidente voltou a sustentar suposta fraude nas eleições de 2014, em que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita em disputa acirrada contra Aécio Neves (PSDB). 

Em uma semana marcada por ataques consecutivos, Bolsonaro falou em fraude nas eleições de 2014 em entrevista à Rádio Guaíba, na última quarta-feira, 7, e ameaçou a realização das eleições em conversa com apoiadores na quinta, 8.

Acompanhe o quarto episódio do Jogo Político:

 

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