Davati tentou reunião com Bolsonaro para levar proposta sobre vacinas

As informações são da coluna de Valdo Cruz, do G1. A troca dos áudios aconteceu no dia 13 de março

Áudios no celular do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira mostram que ele e o empresário Cristiano Carvalho tentaram marcar uma reunião com Jair Bolsonaro (sem partido). O objetivo era  levar a proposta de venda de 400 milhões de doses de vacina AstraZeneca pela Davati. A empresa Davati Medical Supply é investigada no Canadá por negociar vacinas contra a Covid-19 em paralelo ao governo local e sem o aval, até mesmo, da própria AstraZeneca.

As informações são da coluna de Valdo Cruz, do G1. A troca dos áudios aconteceu no dia 13 de março. O reverendo Amilton de Paula, da entidade Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), é citado como o intermediário da articulação para a reunião com Bolsonaro.

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“Dominguetti, agora nós precisamos aí…O reverendo tá falando que tá marcando um café da manhã com o presidente amanhã às 10h, 9h, sei lá eu, que vai ter um café com os líderes religiosos. A gente vai entrar no vácuo, tá? Agora tem que fazer ele confirmar isso aí pra gente colocar uma pulguinha atrás da orelha do… Do presidente, tá?”, diz Cristiano.

Logo depois, Dominguetti responde: “Cristiano, o que eles me falaram, eu nem sabia que ia ter agenda com o Bolsonaro, você que me falou, o que eles me falaram é assim, que estão atuando fortemente lá, que agora depende do presidente, ele não marca agenda, ele fala assim: vem aqui agora. Então, assim, de uma forma mais urgente. Agora, para falar com ele em agenda, eles conseguem marcar segunda, terça, quarta, porque aí entra na agenda oficial. O que eles estão tentando é que o presidente te receba de forma extraoficial, entendeu, devido à urgência. É o que eles estão tentando. Agora agenda oficial eles conseguem marcar, o que estão tentando é uma agenda extraoficial”.

O café da manhã que o empresário cita foi um encontro no dia 15 de março entre Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil, e um grupo de religiosos. Cristiano, no entanto, não chegou a participar do evento: “O reverendo está me dizendo aqui que falou com o pastor Malafaia, que até 10h chega a resposta e tal, mas… [rindo] as coisas que o reverendo fala não dá pra acreditar em nada. Tá que nem o (?) da H1N1, car…[palavrão], que é segunda, é quarta, terça, segunda, sexta… ai meu Deus do céu, tá louco”, diz Cristiano sobre Amilton Gomes.

 

 

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