Sobre prévias no PSDB, Dória diz que "não entra em disputas para perder"

Governador tucano elogiou os outros pré-candidatos do partido e ressaltou que é preciso conquistar eleitorado que rejeita Lula e Bolsonaro

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a falar sobre as prévias nacionais do PSDB para definir quem será o candidato do partido à Presidência da República nas eleições de 2022. Em entrevista concedida à GloboNews nesta terça-feira, 6, Doria elogiou os seus adversários pela candidatura tucana nas eleições presidenciais e afirmou que “não entra em disputa para perder”.

“Toda disputa de prévia é difícil, independentemente de ser Eduardo Leite, Tasso Jereissati ou Arthur Virgílio. Não quero perder a minha humildade, mas eu não entro em disputa para perder, entro para ganhar", declarou.

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O governador tucano tenta se viabilizar como uma terceira via para as próximas eleições presidenciais e projeta conquistar o voto dos eleitores que rejeitam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). “Não será uma briga apenas entre estes dois candidatos. Entre o horror e o terror. Nós temos 50% do eleitorado que não quer nem Lula nem Bolsonaro, quer outro candidato”, afirmou.

Esta foi a primeira vez que João Dória falou sobre o assunto desde que confirmou que é pré-candidato do PSDB à Presidência. O partido tucano realizará as suas prévias partidárias no dia 21 de novembro. Além de Dória, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-senador Arthur Virgílio (AM) afirmaram que irão disputar a eleição interna.

A possível candidatura de Dória para a Presidência enfrenta resistências de alguns setores do partido, inclusive na tradicional cúpula partidária. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso trabalha pela candidatura de Tasso Jereissati e a base de deputados federais, liderada por Aécio Neves, deve apoiar a candidatura de Eduardo Leite.

No mês passado, o modelo de prévias defendido pelo governador paulista foi derrotado. O Diretório do partido em São Paulo propôs que os votos dos filiados ao PSDB sem cargo público representassem 50% do total da eleição interna, mas a Executiva Nacional da sigla recusou a proposta e definiu que o peso será de 25%, enquanto os outros 75% serão de políticos da legenda com cargo público.

O resultado representa um revés para Dória. Caso fosse aprovada, a proposta defendida pelo tucano poderia favorecê-lo, já que o diretório paulista possui aliados do governador e é o maior do país, acumulando cerca de 300 mil dos mais de 1,4 milhão de filiados do partido.

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