De Fagner a Eduardo Costa: veja lista de famosos que votaram em Bolsonaro e se dizem arrependidos

Movimento contra o presidente Jair Bolsonaro já vem de um tempo e vem ganhando novos adeptos

A onda crescente de artistas que têm se posicionado publicamente contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas mais de 500 mil mortes por Covid-19, e que já conta com nomes como Ivete Sangalo, Anitta, Gil do Vigor e Juliette, começou a se formar já há algum tempo. Alguns famosos e políticos que declararam apoio ao então candidato Bolsonaro, na eleição de 2018, se dizem arrependidos ou mudaram seus posicionamentos em relação ao chefe do Executivo.

O cantor cearense Raimundo Fagner, que já disse ter apoiado Bolsonaro porque desejava “mudança”, assumiu publicamente o arrependimento em algumas ocasiões. Em entrevista ao jornal O Globo, em dezembro do ano passado, Fagner disse que a atuação de Bolsonaro é “ridícula”. Ninguém está precisando ouvir as loucuras que ele fala, mas de paz. Ele tem que trabalhar pelo Brasil. A maneira como se comporta não é a de um presidente”, disse o cantor.

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Em entrevista à Rádio O POVO CBN, em fevereiro deste ano, Fagner comentou a relação que teve com Bolsonaro e com outro nome que fez parte do governo e também se distanciou: o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro.


O apresentador Danilo Gentili é outro exemplo de celebridade que mudou a relação com o presidente. Após defender Bolsonaro em diversas ocasiões, tendo inclusive o entrevistado após a eleição de 2018, Gentili decepcionou-se com o presidente quando ele manifestou a intenção de indicar o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao cargo de embaixador do Brasil nos EUA.

Após o ocorrido, a relação azedou e o apresentador começou a usar a visibilidade nas redes sociais e em seu programa para fazer críticas ao governo e aos familiares do presidente. Em outubro de 2019, ele ironicamente publicou um tweet no qual se disse saudosista da gestão anterior a de Bolsonaro, em referência ao ex-presidente Michel Temer (MDB).

O cantor sertanejo Eduardo Costa, abertamente a favor do governo Bolsonaro durante um bom período, mudou de ideia no fim do ano passado. Em entrevista à Jovem Pan ele se disse arrependido. “Hoje eu não apoio ninguém, só quero ver meu país melhor. Naquela época eu saí da casinha porque estava revoltado com a situação do país”, afirmou à época. Este ano o cantor tem dado entrevistas falando que não se arrependeu do voto, mas, sim, de ter “tomado partido” para tentar impor sua linha de raciocínio como sendo “melhor que a dos outros”.

O roqueiro Lobão, um dos apoiadores mais ativos de Bolsonaro na época das eleições, cortou relações ainda no primeiro semestre de governo, em 2019. “Não tem capacidade intelectual para gerir o Brasil”, disse o músico naquele ano, quando começou a referir-se ao presidente como “Bolsomico”. Atualmente ele tem pedido o impeachment de Bolsonaro nas redes sociais.

No campo político, há ainda casos de ex-apoiadores que hoje trabalham em oposição ao governo. Dentre eles os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP). Conhecido pela atuação no no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Kataguiri apoiou Bolsonaro no início do governo, mas a relação desandou e ela já chegou a trocar farpas com os filhos do presidente e disse que o presidente.

Em fevereiro deste ano, após a eleição para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados vencida por Arthur Lira (PP), candidato apoiado por Bolsonaro, Kataguiri chamou o presidente de “verme” e atacou apoiadores do presidente. “Se estão incomodados de serem chamados de vagabundos, quadrilheiros e corruptos, me processa e ganha na Justiça. Sei que não tem colhão. Tem colhão para falar na internet. Quando chega no plenário, é tudo tchutchuca do Centrão”, disse. O filho de Bolsonaro, Eduardo, respondeu em vídeo à época.

Já Joice, apoiadora nata do presidente, hoje se diz oposição e tem protagonizado atritos diretos com Bolsonaro e seus apoiadores. Em fevereiro, ela escreveu no Twitter uma série de ofensas direcionadas ao chefe do Executivo que se posicionava sobre a abertura dos trabalhos no Congresso. Antes, Bolsonaro havia condenando os interesses pessoais no meio político.

— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) February 3, 2021

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