Em evento lotado, Bolsonaro pede que criança de 10 anos retire máscara

Em imagens que circularam nas redes sociais, o presidente aconselha a criança a remover a máscara ao fazer o uso do microfone, o que é acatado

Durante viagem a Jucurutu (RN), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu a uma criança de dez anos que ela removesse a máscara individual, medida de proteção recomendada para evitar o contágio da Covid-19. O ato ocorreu na abertura de um evento oficial, no momento em que a menina recitava uma poesia.

Em imagens que circularam nas redes sociais, o presidente aconselha a criança a remover a máscara ao fazer o uso do microfone, o que é acatado. A cerimônia, que marcava a liberação de R$ 38,2 milhões para obras da barragem de Oiticica, estava lotada.

Na comitiva presidencial, diversas autoridades não faziam uso de máscara, como o ministro Fábio Faria (Comunicações) e o próprio Bolsonaro. As imagens com o pedido do presidente provocaram diversas críticas de autoridades nas redes sociais.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), por exemplo, se manifestou no Twitter. “Enquanto lutamos para trazer vacinas e diminuir o número de mortos no Brasil com a CPI da Covid, a maior autoridade do país, segue na sua estratégia de expansão do vírus. Desta vez, manda uma criança tirar a máscara. Bolsonaro é o maior promotor da pandemia no país”.

Em discurso no evento, Bolsonaro voltou a fazer ataques à imprensa, comentando sobretudo acusações de irregularidades com relação à compra da vacina Covaxin. "Não adianta inventar vacina, porque não recebemos uma dose sequer dessa, que entrou na 'ordem do dia' da imprensa ontem", disse.

O presidente se refere a denúncias feitas ontem pelo servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Fernandes Miranda, que revelou ter sido ameaçado pelo governo por ter resistido a aprovar a aquisição da vacina Covaxin. Segundo ele, o processo para a compra do imunizante possuía indícios de fraude, que teriam inclusive sido comunicados a Bolsonaro.

A denúncia foi feita antes da compra efetiva das vacinas, mas o contrato sob suspeita foi assinado pelo governo, tendo recebido inclusive nota de empenho para pagamento do acordo.

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