Além de Sikêra Jr., Luís Lacombe recebeu dinheiro do governo Bolsonaro

O repasse foi revelado em documento que aponta os gastos publicitários do governo federal durante a pandemia. Apoiador do presidente, Lacombe recebeu R $20 mil a título de cachê por participação em campanha institucional

Documentos enviados à CPI da Covid mostram que Luís Ernesto Lacombe (ex-Bandeirantes e atual RedeTV) recebeu cachê de R$ 20 mil do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) por participação em campanha publicitária. Atualmente, o jornalista é um dos principais defensores do presidente na televisão aberta, junto ao apresentador da TV A Crítica, Sikêra Júnior, que recebeu, por sua vez, R$ 120 mil.

O montante teria sido entregue a Lacombe em dois repasses: um em janeiro, como cachê pela Semana Nacional de Trânsito; e outro em março, pelo empenho do jornalista na “campanha de conscientização das famílias sobre os riscos de exposição de crianças na internet”.

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Assim como no caso do apresentador do Amazonas, os desembolsos ocorreram por meio
de uma empresa de propriedade do beneficiário. O documento mostra subcontratação de serviços de “áudio e vídeo-pagamento de cachê” à empresa Lala Produções LTDA, de Lacombe, pela Calia/Y2 Propaganda e Marketing.

As informações constam em documentos enviados à comissão sobre gastos publicitários do governo federal. A CAlia/Y2 está na mira da CPI da Covid, por ser suspeita de financiar a rede de fake news estimulada pelo presidente e seus aliados. A empresa é subcontratada da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), de onde partiram os repasses para os dois comunicadores.

Por meio de subcontratadas, a pasta realizou ao menos sete repasses para a empresa de Sikêra, a José Siqueira Barros Junior Produções, feitos entre dezembro de 2020 e abril deste ano. A justificativa para o repasse, segundo o documento entregue à CPI, seria pela participação do apresentador em campanhas publicitárias.

Segundo a Folha, Sikêra recebeu R$ 24 mil por uma campanha que orientou pessoas com suspeita de Covid a procurarem atendimento ainda nos primeiros sintomas da doença. Outros R$ 16 mil foram para participar da campanha que celebrava a retomada, com segurança, da economia e dos empregos. Mais R$ 24 mil vieram de uma campanha para o lançamento da cédula de 200 reais, R$ 8 mil por uma de “combate ao mosquito Aedes”, R$ 20 mil para a campanha sobre “riscos de exposição de crianças na internet”, R$ 20 mil por uma sobre a “Semana Nacional do Trânsito” e R$ 8 mil para uma de uso consciente da água.

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