Após pedido de Eduardo Girão, Polícia do Senado abre investigação contra colunista da Folha

Girão foi um dos senadores citados em artigo que criticava atuação de apoiadores do presidente Bolsonaro na CPI e a defesa do chamado "tratamento precoce" contra a Covid-19

A Polícia do Senado Federal abriu uma investigação contra o sociólogo e colunista do jornal Folha de S.Paulo, Celso Rocha de Barros, por conta de um artigo chamado “Consultório do Crime”, publicado no início deste mês. A investigação foi aberta após pedido dos senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS), ambos membros de legendas alinhadas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Girão e Heinze foram citados no artigo supracitado, uma alusão a um grupo de assassinos atuante no Rio de Janeiro conhecido como Escritório do Crime, pela defesa do chamado tratamento precoce contra a Covid-19.

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“Falando em Queiroz, se no Rio de Janeiro Bolsonaro era amigo do chefe da milícia ‘Escritório do Crime’, na CPI é defendido pelo que podemos chamar de ‘Consultório do Crime’, um grupo de senadores que buscam tumultuar a investigação mentindo sobre medicina. Seus principais representantes são Eduardo Girão e Luiz Carlos Heinze”, escreveu Barros.

Em matéria publicada na última terça-feira, 25, a Folha informou que Celso de Barros informou à Polícia do Senado que não participaria de uma videoconferência marcada pelos investigadores. “Não é atribuição da Polícia do Senado investigar supostos delitos contra a honra de senadores da República”, aponta.

Em nota, Girão afirmou que coluna do sociólogo "não emitiu apenas opinião mas fez acusações gravíssimas" Chega ao ponto de nos acusar como cúmplice pela morte de 100 mil pessoas, em função da nossa defesa do tratamento precoce que tem sua eficácia sustentada por milhares de médicos e infectologistas, desde que aplicado no início dos sintomas da infecção", afirma o senador. 

Em defesa, o parlamentar completa: "Reafirmo a minha condição de independência em relação ao Governo Federal, assim como reafirmo a plena defesa da liberdade de expressão como pilar fundamental da democracia. Críticas são legítimas e saudáveis mas quando extrapolam para acusações levianas e difamatórias , precisam ser devidamente apuradas em nome da justiça e da Verdade". 

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