Girão diz compreender HC concedido a Pazuello na CPI da Covid: "Tem sido uma sessão de tortura"

A medida foi concedida ao militar na última sexta-feira, 13, por Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse compreender a busca do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, por um habeas corpus (HC) que o permitirá se calar durante o interrogatório ao qual será submetido na próxima quarta-feira, 19, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

A medida foi concedida ao militar na última sexta-feira, 13, por Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele já é investigado em outros dois inquéritos, um da Polícia Federal e outro do Ministério Público Federal, e, assim, argumentou que teria o direito de não produzir provas contra si.

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Mas ele poderá ser indagado sobre temas relacionados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outros ministros, por exemplo.

"A gente tá vendo como a coisa vai ficar, mas tem sido uma sessão de tortura, um tribunal de inquisição", definiu o congressista em entrevista concedida ao programa Conexão Assembleia, da rádio FM Assembleia, que também conversou com Tasso Jereissati (PSDB)

Girão disse que os trabalhos na comissão de inquérito correm de modo parcial, isto é, sem que governadores, prefeitos ou secretários de gestões locais sejam intimados a comparecer às oitivas.

Além de apurar ações e omissões do governo Bolsonaro, também está no escopo da CPI investigar supostos desvios de verbas federais enviadas a estados e municípios. 

Como símbolo do que diz ser uma comissão em estado de descrédito, ele cita a relatoria nas mãos de Renan Calheiros (MDB-AL), cujo primogênito, Renan Filho (MDB-AL), é governador de Alagoas, e a presença de um "presidenciável", de modo a reforçar a ideia de que aquele espaço se tornou um palanque eleitoral.

Nesse último ponto o senador do Podemos faz uma indireta a Tasso Jereissati, tucano cotado como um dos possíveis postulantes do PSDB na corrida ao Palácio do Planalto. Não há outro, neste momento, na mesma condição. "A popularidade da CPI está derretendo nas ruas", afirmou.

Apesar de apoiar o HC de Pazuello, Girão destacou que assina todos os requerimentos para convocação de membros ou ex-membros da administração federal. 

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