Ciro Nogueira diz que CPI não vai dar em nada para Bolsonaro

Segundo o senador, caso seja aprovado um relatório desfavorável ao presidente, a bancada do governo poderá apresentar outro divergente. Parlamentar também contou com ajuda do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou, nesta quarta-feira, 28, durante encontro com banqueiros e empresários, que a CPI da Covid em processo no Senado não vai dar em nada para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na reunião, estavam presentes acionistas e executivos de bancos como Bradesco, Itaú e BTG, além de varejistas e industriais.

Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha, o senador teria dito no encontro que empresários e a imprensa estão superdimensionando o papel do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da CPI. Ainda de acordo com a colunista, Ciro disse que, caso Renan reúna um relatório com graves acusações contra o presidente, a bancada do governo apresentará um relatório divergente, que estabeleceria uma guerra de versões.

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O parlamentar ressaltou ainda que, mesmo que o relatório de Renan Calheiros seja aprovado, nada acontecerá contra Bolsonaro, muito menos um impeachment, pois, segundo ele, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não deixará nenhum pedido de afastamento de Bolsonaro ser discutido.

Nesta quinta-feira, 29, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de senadores governistas para retirar ou cassar a indicação de Renan para a relatoria do grupo. Segundo o ministro, o caso se trata de discussão interna do Senado e, por isso, não cabe atuação do Judiciário. A decisão foi uma das derrotas para o Palácio do Planalto.

No mesmo dia, em outra derrota à ala governista, a CPI aprovou a convocação de ex-ministros da Saúde do governo Jair Bolsonaro, entre eles o general Eduardo Pazuello, e do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. Todos devem ser ouvidos pelo colegiado na semana que vem. No período da noite, Renan disse que os militares não devem temer os trabalhos da comissão. "Só devem ter preocupação os aliados do vírus. Quem não foi aliado do vírus não deve ter nenhuma preocupação", afirmou.


 

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