Queiroga defende andamento da vacinação no Brasil e diz que prefeitos e governadores atrapalham campanha

O ministro da Saúde foi ouvido nesta segunda-feira, 26, pela Comissão Temporária da Covid-19 no Senado. Ele pediu respeito à lista elaborada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). A reunião acontece um dia antes do início dos trabalhos da CPI da Covid

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi sabatinado nesta segunda-feira, 26, pela Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, onde respondeu questões sobre desacordos no Plano Nacional de Imunização (PIN), que tem passado por constantes mudanças nos prazos de vacinação contra a Covid anunciados.

Com relação à oferta de vacinas, o ministro defendeu o andamento do programa de vacinação no Brasil e criticou a cobertura feita pela imprensa. Para isso, ele apontou o total de imunizantes aplicados no País em números absolutos, que coloca o Brasil entre os primeiros na lista de nações que mais administram doses.

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"O Brasil é o quinto país que mais distribui doses de vacinas e ficam as pessoas aí na mídia criticando o tempo inteiro a campanha nacional de imunização, passando uma mensagem desencontrada para a sociedade brasileira", defendeu. Ele afirmou ainda que “não há que se comparar o Brasil com Israel e nem com o Chile”.

O titular da Saúde também prestou esclarecimentos sobre atrasos na segunda dose de vacinação com a Coronavac, e adiantou que o Ministério irá publicar uma nota técnica sobre o andamento da imunização com a dose excedente.

"A aplicação da segunda dose tem sido um pedido de governadores e prefeitos, e agora, em face do retardo de insumo vindo da China ao Instituto Butantan, há uma dificuldade na aplicação desta dose", disse.

O ministro foi ouvido pelo Senado um dia antes do início dos trabalhos da CPI da Covid, que deve votar seu presidente e vice-presidente, e indicar o seu relator nesta terça-feira, 27.

Na reunião de hoje, Queiroga afirmou ainda que, neste momento, o Brasil não precisa de "polêmica" e que é necessário "passar uma mensagem harmônica à sociedade". Logo depois, o ministro, no entanto, voltou a criticar governadores e prefeitos.

Queiroga disse aos senadores que mudanças feitas pelos gestores locais na ordem de prioridades da vacinação atrapalham a campanha nacional contra a covid-19. O ministro pediu respeito à lista elaborada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). "Ocorre que na 'bipartite' (reunião entre Estados e municípios), às vezes se muda orientação para incluir um grupo ou outro. Isso termina por alterar a harmonia do nosso programa. Atrapalha o processo de vacinação", disse o ministro.

Ao ser questionado sobre as mudanças nos prazos de entrega das vacinas inicialmente divulgados, Queiroga defendeu que "em nenhum momento" o Ministério reduziu as metas de vacinação. "O que nós fizemos foi retirar o calendário anteriormente colocado daquelas vacinas que estavam sem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", argumentou.

 

O ministro defendeu também uma melhor comunicação entre os estados e municípios com a União para superar dificuldades logísticas na entrega dos imunizantes, atribuídas, segundo ele, à proporção "continental" do território nacional.

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