PF intima Boulos por publicação nas redes sociais após avaliar suposta "ameaça" a Bolsonaro

O comentário de Boulos foi publicado no Twitter em 20 de abril do ano passado em resposta a Bolsonaro. Na ocasião, o presidente defendeu ser "realmente a Constituição".

A Polícia Federal intimou nesta quarta-feira, 21, o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, a prestar depoimento em inquérito aberto com base na Lei de Segurança Nacional. O psolista é acusado de "ameaçar", em publicação no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao dizer que "a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina". 

PF intima Boulos por publicação nas redes sociais após avaliar suposta "ameaça" a Bolsonaro
PF intima Boulos por publicação nas redes sociais após avaliar suposta "ameaça" a Bolsonaro (Foto: Reprodução)

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O comentário de Boulos foi publicado no Twitter em 20 de abril do ano passado em resposta a Bolsonaro. Um dia antes, Bolsonaro havia participado de atos a favor de uma nova intervenção militar no Brasil. Na ocasião, ele afirmou: "O pessoal geralmente conspira pra chegar no poder. Eu já estou no poder. Eu já sou o presidente da República". Em outro momento, completou: "Eu sou realmente a Constituição".

"Chega a ser irônico que eu esteja sendo alvo de um inquérito policial por suspeita de ter ameaçado o presidente ao ter feito um comentário rebatendo uma frase proferida por Bolsonaro a qual, ela sim, representa uma ameaça às instituições e à ordem constitucional no nosso país", afirmou Boulos em nota.

Após receber a intimação da PF, o psolista escreveu nas redes sociais que "a perseguição deste governo não tem limites". 

O tuíte foi levado ao Ministério da Justiça pelo deputado José Medeiros (Podemos-MT), ligado ao presidente, na mesma representação que o parlamentar atribuiu crime contra a segurança nacional ao jornalista Ricardo Noblat. Boulos deve comparecer à sede na superintendência da PF em São Paulo na tarde da próxima quinta, 29.

Políticos e demais internautas saíram em defesa de Boulos nas redes sociais, entre eles o youtuber Felipe Neto, que também já foi enquadrado pela LSN. Ele chamou de “vergonha” o uso da lei para perseguir opositores de Bolsonaro. “Mais uma vergonha! De novo a Lei de Segurança Nacional é acionada pelo governo Bolsonaro, dessa vez via Polícia Federal. Agora contra o Guilherme Boulos”.

O vereador Eduardo Suplicy (PT) também se manifestou. "O presidente deveria é agradecer a Boulos por ele ter o advertido para que tomasse cuidado, pois ao afirmar que “Eu sou a Constituição", disse. 

 

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