Cinco ministros do governo Bolsonaro devem ser ouvidos na Câmara

Iniciativa demonstra intenção da Câmara em retomar o protagonismo num momento de agravamento da pandemia de Covid-19; por serem apenas convites, os ministros não são obrigados a comparecer

Pelo menos cinco ministros do governo Bolsonaro devem ser convidados a ir à Câmara dos Deputados nas próximas semanas para debater temas como a vacinação e apresentar ao colegiado de parte das comissões as prioridades de suas pastas para 2021. Dentre os convidados estão: Marcelo Queiroga (Saúde); Ernesto Araújo (Relações Exteriores); Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovação); Fernando Azevedo (Defesa) e Fábio Faria (Comunicações).

Os convites foram aprovados na última quarta-feira, 17, pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI); e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) que devem realizar reunião conjunta para ouvir os titulares da Saúde, das Relações Exteriores e da Ciência e Tecnologia. Também serão convidados representantes da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e do Instituto Butantan para participar do debate.

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A iniciativa demonstra a intenção da Câmara em retomar o protagonismo e ser mais vigilante em relação às políticas do Executivo num momento de agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Como são apenas convites e não convocações, os ministros não serão obrigados a comparecer à reunião com parlamentares.

No que refere-se à vacinação, o objetivo é debater temas ligados aos contratos firmados, à dinâmica de produção dos imunizantes, à iniciativas diplomáticas e comerciais para a ampliação da oferta diária e ao apoio do Executivo em pesquisas para a fabricação de vacinas totalmente nacionais.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), titular das duas comissões e propositora da reunião conjunta, destacou os bons índices de vacinação de países como Estados Unidos, Chile e Reino Unido, que acarretaram em quedas de hospitalizações e mortes. "O que está sendo feito aqui? Como vacinar mais e vacinar mais rápido? E como o Parlamento pode contribuir? Esse é o objetivo desta reunião conjunta”, explica.

Outras reuniões devem ocorrer separadamente em ambas as comissões. A CCTCI realizará duas audiências públicas para ouvir os ministros Marcos Pontes e Fábio Faria. Já na CREDN, devem ser ouvidos os ministros Fernando Azevedo e Ernesto Araújo; a ideia é que todos apresentem as prioridades das gestões.

O presidente da CREDN, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), ressaltou a importância da ida dos ministros. “Assistimos nos dois últimos anos um certo distanciamento do Brasil de alguns países e regiões. A presença dos ministros é fundamental para que possamos sanar eventuais lacunas, inclusive em relação à importação de insumos e vacinas que se fazem necessários", pontuou.

Suplente da CREDN, o deputado Heitor Freire (PSL-CE) destacou ser comum que no início das atividades, convites sejam feitos a membros do Governo para discutir pautas relevantes ao ano. Ao O POVO, o parlamentar defendeu a discussão para “a quebra da patente das vacinas que estão sendo produzidas” além de temas como “a relação da política externa com os EUA".

Com Agência Câmara

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