Placar do STF: veja como está votação sobre parcialidade de Sergio Moro

Ministros da Segunda Turma do Supremo retomaram julgamento nesta terça-feira, 9, mas Nunes Marques pediu vistas e adiou novamente a decisão sobre o tema

14:08 | Mar. 10, 2021

Julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro, que decide se o ex-juiz foi parcial na condução dos processos de Lula na Operação Lava Jato, estava suspenso desde 2018 (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Resumo da votação do STF sobre suspeição de Sergio Moro

  • Ministro Edson Fachin anulou na segunda-feira, 8, condenações de Lula pela Lava Jato;

  • Gilmar Mendes colocou na pauta de discussões desta terça-feira, 9, o julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro, interrompida em 2018;

  • Apesar da oposição de Fachin, Segunda turma do STF retomou o debate;

  • Após votos de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski pela suspeição, Nunes Marques pediu vistas e o julgamento foi suspenso.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nessa terça-feira, 9, o julgamento sobre a parcialidade de Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. A discussão ocorre após Edson Fachin, ministro da Corte, ter anulado as condenações de Lula no âmbito da Operação Lava JatoO placar atualmente está em dois votos por considerar Sergio Moro como parcial, e dois contra.

O próprio Fachin, no entanto, foi contra a retomada do julgamento. Segundo ele, pela anulação das condenações, não seria necessário julgar se Moro foi parcial na condução dos processos. Apesar da posição contrária de Fachin, e de seu pedido de adiamento, os outros ministros da Segunda Turma votaram por manter a decisão para hoje.

Ao longo do dia, os ministros Ricardo LewandowskiGilmar Mendes - que havia pedido vistas do processo em 2018 - votaram a favor de considerar Sergio Moro como parcial no caso. Fachin e Cármen Lúcia já haviam se posicionado - a favor de Moro - em 2018, mas a segunda informou que apresentará seus votos novamente.

Em seu voto, Gilmar Mendes fez duras críticas à atuação da Lava Jato e de Sergio Moro. Ele chamou o episódio de "maior escândalo da história da Justiça do Brasil", pontuando a condução coercitiva do ex-presidente como "hediondo espetáculo policialesco", e que "não se combate crime cometendo crime".

Em seu turno de votar, o ministro Nunes Marques pediu vistas do processo, interrompendo novamente o julgamento.