"Que obrigação eu tenho de destinar dinheiro pra hospital de Camilo?", questiona Capitão Wagner

Durante live nas redes sociais, deputado criticou o projeto de implantação do bondinho elétrico em Fortaleza e acusou Governo do Estado de atender a interesse de empresas de construção.

O deputado federal Capitão Wagner (Pros) criticou a destinação das emendas de bancada para o Governo do Ceará, com intuito de construir novo hospital para ajudar no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar reforça que seu montante de emendas foi destinado para compra de mais remédio, equipamento e vacina, deixando de lado "o concreto", referindo-se à proposta do governador Camilo Santana (PT).

“Que obrigação eu tenho de destinar dinheiro para o hospital de Camilo? Camilo quer construir um hospital, ele arruma um dinheiro e construa. Dos R$ 9,6 milhões da emenda de bancada, botei todo pra Saúde. Não sou contra a construção não, mas, neste momento, a prioridade não é cimento, não é concreto, a prioridade deve ser cuidar das pessoas”, disse o deputado. Ele criticou ainda a ideia de implantação de um bondinho elétrico em Fortaleza, considerando que o recurso público poderia ser convertido para a construção da nova unidade hospitalar. No caso, o Hospital Universitário da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

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"Vocês preferem o remédio ou preferem o cimento? Vocês preferem que a gente garanta equipamento para cuidar da saúde das pessoas ou vocês querem o concreto? Querem o prédio ou o profissional de saúde?", completou Wagner. O parlamentar também acusou Camilo de atender a demandas individuais de "amigos construtores", e aproveitou para criticar a compra de respiradores em 2020. 

Já com relação à emenda parlamentar, Wagner afirma que metade foi destinada para a saúde. A outra parte deve ser destinada para "diversas outras áreas importantes", como segurança pública. No início da publicação, o deputado afirma que foi a favor da proposta que autoriza os estados, os municípios e o setor privado a comprarem vacinas contra a Covid-19. 

Existem quatro tipos de emendas feitas ao orçamento: individual, de bancada, de comissão e da relatoria. As emendas individuais são de autoria de cada senador ou deputado. As de bancada são emendas coletivas, de autoria das bancadas estaduais ou regionais. Emendas apresentadas pelas comissões técnicas da Câmara e do Senado são também coletivas, bem como as propostas pelas Mesas Diretoras das duas Casas.

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Dos 25 parlamentares que compõe a bancada cearense no Congresso - 22 deputados e três senadores -, quatro não enviaram suas emendas coletivas para o Governo do Estado. Além de Capitão Wagner, Danilo Forte (PSDB), Dr. Jaziel (PL) e Vaidon Oliveira (Pros). O total de emendas girava em torno de R$ 240 milhões. A expectativa era de ao menos metade desse valor fosse para o Governo do Estado. 

Após a apresentação das emendas, cabe ao relator do Orçamento aprová-las ou rejeitá-las, dependendo da existência de recursos novos por meio de reestimativa de receitas orçamentárias ou pelo cancelamento de outras dotações.

 

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