Após criticar estatal, Bolsonaro indica general para presidência da Petrobras

A indicação acontece após o presidente criticar, nas redes sociais, o reajuste divulgado pela Petrobras e citar a possibilidade de uma "consequência" para a estatal

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, nas redes sociais, nesta sexta-feira, 19, a indicação do general Joaquim Silva e Luna para presidência da Petrobras. Ele substituirá Roberto Castello Branco na estatal. A troca ainda precisa de aval do Conselho de Administração da Petrobras, que deve acontecer reunião ordinária prevista para a próxima terça, 23. 

Joaquim Silva e Luna, General da reserva do Exército,  tem pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Também é pós-graduado, pela Universidade de Brasília, em Projetos e Análise de Sistemas. Ele exerceu o cargo de ministro da Defesa, no governo do ex-presidente Michel Temer. Em 2019, esteve na presidência da usina binacional de Itaipu.

A indicação acontece após o presidente criticar, nas redes sociais, o reajuste divulgado pela Petrobras e citar a possibilidade de uma "consequência" para a estatal. Durante transmissão ao vivo ele afirmou que "alguma coisa" ocorreria com a petrolífera nos próximos dias, sem entrar em detalhes.

Bolsonaro fez ainda uma ameaça indireta ao presidente da Petrobras, ao citar que o comandante da estatal disse não ter "nada a ver com os caminhoneiros". Segundo o chefe do Executivo, isso teria "uma consequência, obviamente".

Em sua fala, Bolsonaro ressaltou as medidas anunciadas na quinta de zerar impostos federais sobre o óleo diesel, por dois meses, e sobre o gás de cozinha de forma permanente. "Se na origem ele (gás de cozinha) custa menos de R$ 40 não justifica na ponta custar R$ 90 ou R$ 100", afirmou. As medidas de isenção dos tributos federais começarão a valer a partir de 1º de março.

"O governo federal faz a sua parte, bem como decidimos que nos próximos dois meses zeraremos também os impostos federais em cima do diesel", comentou Bolsonaro. "Nesses dois meses estudaremos medidas que possam realmente trazer conforto na questão de combustíveis no Brasil", declarou.

No caso do diesel, o anúncio de Bolsonaro é uma forma de atender as demandas de caminhoneiros, categoria que apoiou o presidente nas eleições de 2018.

No evento desta sexta para o acionamento das comportas do primeiro trecho do Ramal do Agreste, o presidente estava acompanhado dos ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, Gilson Machado, do Turismo, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, além do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Informações: Agência Brasil

 

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