Servidores tentam impedir entrada de vereador na Câmara Municipal; veja vídeo

Categoria protesta contra dispositivos que preparam terreno para a reforma previdenciária do município e cobram mais diálogo por parte da Prefeitura de Fortaleza; servidores adotaram o estado de greve na última segunda-feira, 15

Em protesto contra a reforma da previdência realizado nesta quarta-feira, 17, em frente à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), servidores tentaram impedir o vereador Carlos Mesquita (PDT) de entrar na garagem da CMFor. Em vídeo enviado ao O POVO, é possível ver o parlamentar entrar nas dependências da Casa sob gritos de "canalha" e "covarde". Grupo de servidores foi dispersado com bombas de gás.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Após o ocorrido, o parlamentar disse estar do lado dos manifestantes. "Estão corretíssimos, sindicato é para isso mesmo, tem que pressionar", mas afirmou que as categorias precisam ter "mais respeito e diálogo", disse.

A categoria adotou o estado de greve na última segunda-feira, 15, e já realizou uma série de atos no Paço Municipal e na Câmara cobrando mais diálogo sobre o tema. Uma reunião da Mesa Central de Negociação foi agendada pela Prefeitura para o próximo dia 22 de fevereiro. Durante a sessão desta quarta-feira, o presidente da Casa, vereador Antônio Henrique (PDT) disse que "alguns colegas tiveram dificuldades para entrar na Casa".

Segundo Regina Cláudia, diretora do Sindicatos dos Servidores Municipais de Fortaleza (Sindfort), projeto de José Sarto (PDT) é um golpe em direitos dos servidores, “pior que a Reforma da Previdência do Bolsonaro”. Ela destaca ainda que o projeto não foi dialogado com as categorias, chegando “de surpresa” no Legislativo. Em cartazes na manifestação, aparece imagem equiparando Sarto a Jair Bolsonaro.

A base do prefeito aponta que projetos que alteram a Lei Orgânica da Cidade apenas adequam o município à regra aprovada pelo Congresso na Reforma da Previdência Nacional, em 2019, e que a Prefeitura pode ser punida sem as mudanças impostas pelo governo federal. Argumentam ainda que, sem mudanças, a previdência municipal baterá déficit de R$ 330 milhões só em 2021.

 

Com informações do repórter Carlos Mazza

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

política câmara servidores

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar