Deputado bolsonarista preso após atacar STF é o mesmo que quebrou a placa de Marielle Franco em 2018

A cena foi ocorreu durante um comício, onde estavam presentes os candidatos Rodrigo Amorim (PSL-RJ) e Wilson Witzel (PSC-RJ)

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi preso em flagrante nessa terça-feira, 16, pela Polícia Federal após atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou nacionalmente famoso depois de ter quebrado a placa feita em homenagem à vereadora Marielle Franco, morta no início de 2018, ano em que o caso ocorreu.

Na ocasião, Daniel estava na presença de Rodrigo Amorim (PSL-RJ), candidato a deputado estadual, e de Wilson Witzel (PSC-RJ), que estava pleiteando vaga no governo do estado. Os dois candidatos pesselistas retiraram e quebraram a placa em memória de Marielle durante o comício que estava sendo realizado e foram ovacionados pelos apoiadores, incluindo Witzel, eleito governador do Rio de Janeiro, mas afastado por corrupção e lavagem de dinheiro.

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A atitude dos candidatos ganhou destaque nacional, sendo amplamente criticada por movimentos sociais e partidos de esquerda. Amigo de Amorim, o então candidato a senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ, mas atualmente sem partido) disse que a atitude de seus colegas de partido foi uma 'restauração da ordem', uma vez que a placa de Marielle havia sido colocada na praça Marechal Floriano, no Rio de Janeiro.

Já eleitos deputados federal e estadual com 31.789 e 140.666 mil votos respectivamente, Silveira e Amorim encabeçaram outra polêmica após entrarem no Colégio Federal Pedro II para realizarem uma vistoria. Eles denominaram o ato de "Cruzada pela Educação" e almejavam denunciar materiais com conotação de política em ambiente escolar. A reitoria da escola acionou a Policia Federal e ambos foram retirados da unidade, pois não tinham autorização para tal ato.

Também em 2019, o deputado trocou insultos e cusparadas com uma mulher após uma discussão na Universidade Estácio de Sá, localizada em Petrópolis, unidade em que Daniel cursa Direito. Um vídeo da confusão viralizou nas redes socais e é possível ver o pesselista perguntando se a mulher era filiada ao Psol, chamando apoiadores do partido de "maconheiros, vagabundos e narcoterroristas".

No ano passado, em defesa ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado gravou um vídeo ameaçando manifestantes que se declararam contrários às políticas adotadas pelo governo federal. "Vocês vão pegar um 'policia' zangado e vão tomar um (tiro) no meio da caixa do peito, e vão chamar de truculento", afirmou o político. "Eu estou torcendo para isso. Quem sabe não seja eu o sortudo", completou.

Prisão

 

A ação aconteceu após o parlamentar publicar vídeo nas redes sociais atacando todos os ministros do STF, com especial destaque ao ministro Edson Fachin, que subiu o tom contra uma declaração de 2018 feita pelo ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas. Ele classificou como 'intolerável e inaceitável' qualquer forma de pressão sobre o Poder Judiciário.

A manifestação do ministro foi feita após revelação que um tuíte de Villas Bôas, feito em 2018 e interpretado como pressão para que o Supremo não favorecesse o ex-presidente Lula, teria sido planejado com o Alto Comando das Forças Armadas.

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