Janaina Paschoal fala sobre relação com governo Bolsonaro, projeta 2022 e declara voto em Moro

A parlamentar criticou a forma como as articulações ocorrem dentro dos partidos políticos e defendeu a viabilização de candidaturas avulsas; Ela negou ter sido eleita por conta do bolsonarismo

O programa Debates do Povo desta segunda-feira, 15, recebeu a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), parlamentar mais votada do Brasil nas eleições de 2018, com 2 milhões de votos. De posicionamento mais conservador e conhecida por ser uma das autoras do pedido de impeachment que afastou a presidente Dilma Rousseff (PT), Paschoal comentou a relação com o governo Bolsonaro e projetou seu futuro político e o cenário para as eleições de 2022.

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Durante a entrevista, a parlamentar criticou a forma como as articulações ocorrem dentro dos partidos políticos brasileiros e defendeu a viabilização de candidaturas avulsas com chances de vitória. Participaram do debate Plínio Bortolotti e Guálter George, jornalistas do O POVO, com a apresentação de Marcos Tardin.

A gente vive um cartel de partidos, cartel no ponto de vista de crime organizado mesmo. Não raras vezes, dirigentes partidários escolhem nomes ruins para concorrer porque estão acertados com partidos maiores; não raras vezes inviabilizam bons quadros para a população por acordos que são feitos por líderes e nem os quadros dos partidos ficam sabendo”, argumentou.

Questionada sobre o que almeja em 2022, a deputada disse que trabalha “no agora”, mas sinalizou que não pretende concorrer novamente a uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), indicando que há, sim, possibilidade de disputar uma vaga no Senado.

“A Alesp é uma grande escola. Lá barrei muitos projetos ruins vindos do Executivo, mas o Poder Judiciário local tira muito a competência do deputado estadual. Quando aprovamos algo eles derrubam alegando que a competência é Federal. Quando eu falo em Senado, não é um projeto de poder pessoal, é uma explicação racional do motivo pelo qual eu não pretendo me candidatar novamente à Alesp”, concluiu

Sobre sua relação com o governo Bolsonaro, Janaina negou ter sido eleita por conta da onda puxada pelo atual presidente. “Mentira, não me elegi por causa dele. Se isso fosse verdade, porque então os bolsonaristas raiz tiveram menos votos do que eu? Eu tive meus votos pelo trabalho que fiz, pela coerência que eu tenho. Eu na verdade levei votos para o presidente”, defendeu.

A deputada, que também é jurista, disse não ver "elementos jurídicos" para o afastamento de Bolsonaro. Para ela, o presidente errou em determinados pontos da condução da pandemia, assim como o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), a quem faz oposição na Alesp. “Gostaria do meio-termo entre o excesso do governador e do presidente, alguém que soubesse que não se pode fazer festa de Carnaval, por exemplo, mas que soubesse que as pessoas precisam trabalhar”.

Sobre a escolha por Bolsonaro em 2018, Paschoal justifica como um “voto de oportunidade”. Para ela, são raras as situações em que se pode lutar por um projeto que acredita ser o melhor. "Esse tipo de comportamento de endeusar político, é o comportamento petista que eu critico nos bolsonaristas. O petismo afundou Lula como o bolsonarismo tende a afundar Bolsonaro", projetou.

A parlamentar ainda falou sobre o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e disse que votaria nele caso seja candidato. “Entendo que ele fez um trabalho importante para o País, fez um trabalho técnico como ministro.

Venho defendendo uma crítica construtiva que ele precisa abrir o leque dele, falar se saúde, educação, porque a pauta de corrupção é importante, mas você não governa um país de forma monotemática. Mas se ele vier candidato meu voto é dele”, encerrou.

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