Eduardo Bismarck projeta prorrogação do auxílio, mas com poucas chances de ser R$ 600

Segundo deputado cearense e integrante da Comissão Mista de Orçamento (CMO) da Câmara dos Deputados, parlamentares do Congresso Nacional travam batalha com Planalto para garantir valor em R$ 300

O deputado federal cearense e integrante da Comissão Mista de Orçamento (CMO) da Câmara dos Deputados, Eduardo Bismarck (PDT), afirmou nesta quinta-feira, 11, que não vê clima para a aprovação de um novo auxílio emergencial de R$ 600 em 2021. O valor foi adotado ano passado pelo Congresso Nacional para amenizar os efeitos da crise sanitária provocada com a chegada do novo coronavírus no Brasil.

Nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que o auxílio voltará a ser pago em março, em três ou quatro parcelas. A declaração foi feita na Base de Alcântara, no Maranhão, onde cumpre uma agenda nesta tarde. “Isso está sendo acertado entre o Executivo e o Parlamento, porque há a questão da responsabilidade fiscal”, disse o gestor.

Pouco antes, Bolsonaro também destacou que pagamento do auxílio representa endividamento para o país e não pode ser eterno. “Repito, o nome é emergencial, não pode ser eterno, porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E sabemos que o povo quer é trabalho”, completou.

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A equipe econômica do governo federal discute com o Congresso a prorrogação do benefício. Todavia, a ideia é pagar mais três parcelas de R$ 200, valor contestado por congressistas que querem que o valor seja maior. A equipe também estuda uma alternativa que não viole a regra do teto de gastos, ou algum tipo de liberação legal para que o auxílio possa ser pago fora do teto.

Com o fortalecimento do governo na Câmara, as negociações ainda andam de forma cuidadosa e devagar, avalia Bismarck. “Eu adoraria que fosse 600, até apresentei projeto, mas não vejo clima no Congresso. O governo quer segurar em 200, a gente quer fechar nos 300”, destaca o deputado.

“Eu acho que a gente vai sim ter um auxílio que não vai ser do tamanho que era. Eu acho que o governo devia estár lutando por isso, porque afinal de contas esse auxílio salvou a popularidade do presidente ano passado, e a gente tem que construir para que ele seja dado o mais rápido possível", disse.

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Segundo Bismarck, além de “salvar a popularidade do presidente” em 2021, a aprovação da extensão do auxílio terá forte impacto financeiro, fenômeno que deve ser estudado em acordo. “Eu acho que essa sensibilidade que tenho é a mesma da maior parte do Congresso. Porque a gente precisa definir o impacto financeiro e achar o meio termo para isso. Milhões de pessoas precisam de dinheiro para complementar a renda pequena e conseguir o dia a dia”, estuda.

Ainda nesta quinta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou publicamente o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que saia uma nova rodada do auxílio emergencial. "Urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável, dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja. A situação está ficando crítica na população e precisamos encontrar uma alternativa", disse o deputado.

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