Governo faz "além do que pode", diz Mourão sobre crise no sistema de saúde em Manaus

Na capital do Amazonas pacientes internados em estado grave tiveram o risco de morte agravado pela falta de cilindros de oxigênio

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o governo federal faz "além do que pode" no socorro ao sistema de saúde de Manaus, que está colapsando em razão do aumento expressivo dos casos de Covid-19.

Na cidade, os pacientes internados em estado grave tiveram o risco de morte agravado pela falta de cilindros de oxigênio. "O governo está fazendo além do que pode dentro dos meios que a gente dispõe. Agora, eu já falei aqui para vocês várias vezes a respeito de Amazônia. Na Amazônia as coisas não são simples," afirmou o vice-presidente em entrevista coletiva em Brasília.

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As informações são do portal G1.

De acordo com Mourão, a localização da cidade, dentro da floresta amazônica, dificulta operações de envio de suprimentos. O vice também apontou problemas de orçamento da Aeronáutica. "Você só chega lá de barco ou de avião. Qualquer manobra logística para você, de uma hora para outra, aumentar a quantidade de suprimentos lá requer meios que, vamos colocar aí, a Força Aérea até alguns anos atrás tinha, Boeings", disse Mourão, se referindo a aeronaves de transporte.

Ele continuou: "Por problemas aí de orçamento, ela (FAB) teve que se desfazer dessas aeronaves".

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reconheceu o colapso no sistema de saúde da capital amazonense. Segundo o ministro, 480 pessoas que contraíram Covid-19 esperam por um leito hospitalar na capital do Amazonas.

Desabastecimento de oxigênio em Manaus foi agravado por falha da FAB

O cenário desesperador vivido nas unidades de saúde de Manaus pode ter sido intensificado por um erro de logística da Força Aérea Brasileira (FAB). A informação foi apresentada por Procuradores de Justiça na noite desta quinta-feira, 14, em um pedido de tutela de urgência à Justiça Federal.

No texto, os procuradores afirmam que havia um acordo entre o governo do Amazonas e a União, para que fosse criado um fluxo contínuo de transporte de insumos como oxigênio para o estado. Sendo a FAB, a única entidade capaz de realizar tal transporte em tempo hábil, tendo em vista as características do material, inflamável e volátil, e a urgência no recebimento da carga pelas unidades de saúde da região.

A FAB, por sua vez, informou apenas na manhã desta quinta-feira, 14, que a aeronave destinada ao transporte do oxigênio para Manaus apresentou problemas técnicos, necessitando de reparo e que por tal motivo as entregas emergenciais seriam suspensas temporariamente. Com informações do repórter Alan Magno.


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