Em meio a caos em Manaus, Bolsonaro e Doria trocam insultos; presidente também critica Maia

O tucano disse que o presidente é um "facínora" em razão da posição negacionista adotada diante da Covid-19 e incentivou o panelaço marcado para esta sexta-feira, 15, a partir de 20h30min

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) subiu o tom contra os adversários João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados.

O tucano disse que o presidente é um "facínora" em razão da posição negacionista adotada diante da Covid-19 e incentivou o panelaço marcado para esta sexta-feira, 15, a partir de 20h30min, e convocou manifestações pelas redes sociais.

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Ao longo da tarde desta sexta-feira, a possibilidade de impeachment do presidente fervilhou nas redes sociais. O tema foi levantado tanto pelos defensores da tese como pelos que se opõem a ela.

A discussão tem como pano de fundo o caos no sistema de saúde de Manaus, que carece de cilindros de oxigênio para auxiliar doentes.

Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que Doria se move por interesse exclusivo nas eleições presidenciais de 2022. Em considerável parte da conversa, o militar chamou atenção para a dimensão política da crise, sobretudo para a sua sucessão, que ocorre no próximo ano.

Bolsonaro então chamou Doria de "moleque", em ataque que alcançou também Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está em São Paulo. Segundo Bolsonaro, o tucano e o demista querem a cadeira presidencial para roubar.

Rodrigo Maia foi na direção contrária do adversário. O presidente da Câmara criticou mais uma vez a agenda negacionista levada a cabo pelo Planalto durante a crise, afirmou não ser momento para discutir a sucessão presidencial e destacou como negativa a mobilização de bolsonaristas que, em vídeo, incentivam o abandono do uso das máscaras de proteção.

"Minha impressão é que o governo (Bolsonaro) não tem projeto, não tem planejamento. Esse manicômio tributário foi um dos motivos que tirou a Ford do Brasil", disse em um dos trechos da crítica.

Mentira

O presidente tornou a mentir sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) ter impedido o Governo Federal de realizar qualquer ação de enfrentamento ao Covid-19. Na verdade, o que o STF fez foi julgar três ações em cujas o entendimento foi de que governadores e prefeitos têm autonomia para estabelecer estratégias de combate ao vírus, a exemplo do fechamento de estabelecimentos comerciais.


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