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MEC desiste de retorno às aulas presenciais em janeiro após universidades recusarem cumprir decisão

O ministro Milton Ribeiro informou que irá abrir consulta pública para ouvir gestores acadêmicos e posteriormente decidir quando deve acontecer o retorno
14:32 | Dez. 02, 2020
Autor Redação O POVO
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O ministério da Educação irá revogar a portaria, divulgada na manhã desta quarta-feira, 2, que determinava o retorno das aulas das universidades a partir de janeiro de 2021. Em entrevista à CNN, o ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou que a pasta irá abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico antes de tomar uma nova decisão.

O ministério foi criticado por universidades públicas e federais do Brasil, que se recusaram a voltar às aulas por conta da pandemia de Covid-19 que ainda acontece mundialmente e no Brasil.

"Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento", disse o ministro à CNN. De acordo com ele, o ministério irá liberar o retorno às aulas somente quando as instituições também estiverem confiantes de que as aulas possam ocorrer com segurança.

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Antes de publicar a portaria desta quarta-feira, o ministro informou ter consultado mantenedores de universidades e que não esperava tanta resistência. "A sociedade está preocupada, quero ser sensível ao sentimento da população", explicou.

Retorno às aulas em janeiro

Na manhã desta quarta-feira, 2, uma portaria foi publicada no Diário Oficial da União determinando que instituições federais de ensino superior voltassem às aulas presenciais a partir de 4 de janeiro de 2021.

Para isso, as instituições deveriam adotar um "protocolo de biossegurança", definido na Portaria MEC nº 572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação da Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

O documento estabelecia ainda a adoção de recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais, que deverão ser “utilizados de forma complementar, em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas”.

Durante o decorrer do dia, representantes de instituições como a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) recusaram atender ao pedido federal de retorno às aulas no próximo mês. Com a nova decisão do ministério, ainda não há previsão de quando as consultas públicas irão acontecer e de quando as aulas presenciais nas universidades poderão retornar.

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