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Juiz manda banir do Twitter conta de escritor por declaração sobre Bolsonaro e a Igreja Universal

Na publicação, João Paulo Cuenca disse que "o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal"
07:58 | Nov. 27, 2020
Autor Redação O POVO
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A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a conta do escritor João Paulo Cuenca seja removida do Twitter. O motivo da ação foi um declaração feita pelo artista na rede social. Nela, ele disse que “o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”. A publicação foi feita em junho deste ano.

Cuenca, em seu comentário, fez referência a um texto de Jean Meslier, escritor do século XVIII, que diz: “o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”.

A determinação de banimento foi do juiz da comarca de Campo dos Goytacazes (RJ), Ralph Machado Manhães Junior. No processo, o pastor da Igreja Universal Nailton Luiz dos Santos pediu uma indenização de R$ 10 mil por danos morais e a exclusão da conta do escritor.

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De acordo com a Justiça, a publicação extrapolou o direito de liberdade de expressão, pois “é ofensiva e incitatória à prática de crime ao incitar claramente a violência contra grande parte da população”.

Por conta da postagem, Cuenca vem tendo que enfrentar uma série de ações que estão sendo movidas contra ele. A defesa do escritor já contabilizou 134 processos em cidades de 21 estados. Somados, os requerimentos de condenação já ultrapassaram o valor de R$ 2,3 milhões.

Os advogados de Cuenca afirmaram que ainda não houve uma intimação oficial e que vão recorrer nos tribunais superiores. As informações são da Folha de S. Paulo.

Até a noite desta quinta-feira (26/11), o perfil do escritor no Twitter estava ativo. Ironizando, ele comentou na rede social sobre a decisão da Justiça. “Se esses senhores queriam fazer propaganda da minha paráfrase de Meslier, acho que conseguiram”.

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