Aras diz que motim em que Cid Gomes terminou baleado não deve ocorrer "em nenhum país do mundo"

O procurador-geral da República criticou policiais militares com fins políticos e afirmou que órgãos de inteligência devem permanecer "atentos" a estes grupos

Durante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 19, o procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou ações de policiais militares (PMs) com fins políticos e citou o episódio em que o senador e ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT) foi baleado durante motim da PM em Sobral no início do ano. Aras afirmou que "em nenhum país do mundo o episódio da retroescavadeira e dos tiros poderia ser visto como algo normal".

Sessão do STF julgava a existência de um suposto dossiê sigiloso produzido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública contendo informações de quase 600 servidores públicos ligados a movimentos antifascistas. O procurador-geral afirmou não ver ilegalidade no documento pelo fato de os dados não serem utilizados em investigações criminais e disse ainda que não é admitida a "espionagem" a opositores políticos.

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Aras reforçou que relatórios de inteligência são feitos para "levantamentos de cenário de risco" e citou que há situação de "perigo" quando pessoas armadas, PMs, por exemplo, se reúnem em movimentos de cunho político. "Nesse contexto é compreensível que órgãos de inteligência permaneçam atentos a grupos policiais que se organizem em grupos sociais", pontuou.

Ele utilizou como exemplo o caso dos motins de policiais cearenses ocorrido em fevereiro deste ano. "Sobretudo após um episódio ocorrido no Estado do Ceará, em que um parlamentar foi alvejado com tiros em meio a ânimos acirrados que poderiam causar tragédias", ponderou.

Conforme o G1, a ministra Carmen Lúcia, relatora do processo, votou pela suspensão de atos do Governo Federal que produzam ou compartilhem informações sobre a vida pessoa e escolhas políticas de servidores. Julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira, 20.

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