Participamos do

AGU pede ao STF para entregar vídeo apenas com trechos que envolvam Moro

O inquérito investiga a suposta interferência do presidente na Polícia Federal
19:50 | Mai. 07, 2020
Autor Jornal do Commercio
Foto do autor
Jornal do Commercio Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu permissão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para entregar à Corte apenas parte das gravações da reunião no Palácio do Planalto no dia 22 de abril, na qual o presidente Jair Bolsonaro teria ameaçado exonerar seu então ministro da Justiça, Sergio Moro. O pedido é para entregar apenas as partes que o ex-ministro apareça.

A gravação foi solicitada, na íntegra, pelo ministro Celso de Mello, relator do inquérito que investiga as declarações que Moro fez contra Bolsonaro em seu anúncio de demissão. O inquérito investiga a suposta interferência do presidente na Polícia Federal.

No primeiro pedido, a AGU solicitou que as gravações não fossem entregues alegando que os temas discutidos incluíam "assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de Relações Exteriores, entre outros". Agora, a AGU pediu ao relator do inquérito que reconsidere “a ordem de entrega de cópia de eventuais registros audiovisuais de reunião presidencial ocorrida no dia 22 de abril de 2020, para que se restrinja apenas e tão-somente a eventuais elementos que sejam objeto do presente inquérito”.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Defesa de Moro

A defesa do ex-ministro Sergio Moro também acionou o STF e pediu que o ministro Celso de Mello mantenha a ordem de entrega das informações.

No entendimento de advogados do ex-ministro, o fato de a reunião eventualmente ter tratado de "assuntos de relevância nacional" não pode impedir que a Justiça analise a gravação na íntegra.

Depoimento

A reunião foi indicada por Moro aos investigadores, durante seu depoimento no último sábado, como prova de que Bolsonaro tentava interferir no trabalho da corporação, com o objetivo de acessar relatórios de inteligência.

Do Jornal do Commercio para a Rede Nordeste

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar