Coronavírus: Governo do Maranhão dribla estrangeiros e Planalto para trazer equipamentos da China
O governo maranhense chegou a enviar material para a Etiópia para que não entrasse no radar de países europeus ou norte-americanosO governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), montou logística especial para transportar 107 respiradores e 200 mil máscaras da China. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo. A gestão maranhense foi atravessada por Alemanha, Estados Unidos e pelo próprio Governo Federal em tentativas anteriores de comprar os equipamentos.
Em março, o governador reservou a compra de um lote de respiradores de uma fábrica de Santa Catarina, mas viu o Planalto bloquear a transação e distribuir os equipamentos segundo os próprios critérios. Posteriormente, 150 respiradores que viriam da China para o Maranhão, foram repassados para Alemanha, que pagou mais. EUA também ficaram com equipamentos que viriam para o estado.
De acordo com a coluna, Dino contou com a ajuda de uma importadora maranhense e negociou com uma empresa de Guangzhou, na China, que para tirar os equipamentos das vistas de estrangeiros, enviou os respiradores para a Etiópia.
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AssineO secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, foi responsável por coordenar a operação que trouxe os respiradores primeiro para São Paulo e posteriormente a mercadoria foi colocada em avião fretado e mandada para o Maranhão, para só lá ser avaliada na Receita. A liberação na Alfândega não foi feita em solo paulista para evitar que o Governo Federal retivesse a carga, prática que tem ocorrido com frequência.
"Se não fizéssemos dessa forma, demoraríamos três meses para conseguir essa quantidade de respiradores. Assim que os equipamentos chegaram já os conectamos para ampliar a nossa oferta de leitos de UTI", diz Araújo.
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