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Buscando protagonismo, PSB filia Elcio Batista e mira Camilo Santana

Em dezembro do ano passado, o ex-governador Cid Gomes (PDT) assegurou que a legenda seria aliada preferencial nas disputas municipais no Ceará

Presidente do PSB no Ceará, o deputado federal Dênis Bezerra afirma que a agremiação quer participar efetivamente da disputa em Fortaleza. Isto é, segundo ele, ter protagonismo nas discussões que vão resultar na escolha da chapa governista que disputará a sucessão do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT).

Para sustentar o objetivo, o parlamentar se apoia em frase dita por Cid Gomes (PDT) na sede do PSB, em evento de filiação de suplentes de vereador e ex-vereadores. "O PSB será nosso aliado preferencial nestas eleições", prometeu o ex-governador aos socialistas em 19 de dezembro de 2020.

Além disso, Bezerra entende que a filiação do secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Ceará, Elcio Batista, respalda ainda mais a legenda nos processos decisórios. A leitura do deputado é de que a posição de Batista durante o combate ao novo coronavírus no Estado, postado na linha de frente ao lado do governador Camilo Santana (PT) e do prefeito Roberto Cláudio (PDT), o coloca como quadro em potencial na disputa, seja como futuro candidato ou vice na chapa governista.

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Ao colunista do O POVO, Guálter George, Elcio tergiversou quando questionado se será candidato ou não. "Eleição é projeto, compromisso e contexto. Mas o momento não é apropriado para esta discussão, pois temos de estar com o foco na saúde e economia", respondeu à coluna do último domingo.

Batista ganhou mais respaldo no segundo mandato de Camilo Santana, iniciado em 2019. Na primeira administração do petista (2015-2018) ele era chefe de gabinete. Já na segunda, assumiu a Casa Civil, que tem status de secretaria. "Mas tem eu, tem Odorico (Monteiro)", destaca Dênis Bezerra sobre outras possibilidades.

Projeto Camilo Santana

O presidente do PSB também se esforça pela concretização de outra adesão, esta mais pretensiosa: trazer o governador Camilo Santana para o partido. O chefe do Executivo estadual tem atritos com setores da atual sigla, que cobram mais petismo e menos ferreiragomismo dele.

Afora a pressão, o governador também já foi filiado ao PSB, por onde tentou ser prefeito de Barbalha, em 2000. Foi a primeira eleição dele. O pai, Eudoro Santana, também já esteve nas fileiras da agremiação. Caso a troca partidária se concretizasse, Camilo se juntaria à legenda do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, com quem tem bom diálogo.

"Eu já efetivei o convite algumas vezes pra ele, inclusive o convidei de forma mais incisiva com presença de outros deputados federais, em evento da Reforma da Previdência aqui (Fortaleza), quando trouxemos Alessandro Molon (PSB-RJ), Aliel Machado (PSB-PR) e Tadeu Alencar (PSB-PE)", relata, sobre encontro em 24 de junho de 2.

O governador, por sua vez, ainda não deu respostas conclusivas, positivas ou negativas, prossegue Dênis Bezerra. "Sempre coloca essa discussão para momento posterior e a gente acaba não tendo conversas mais próximas. Esse convite continuará sendo formulado."

Apesar do ritmo de negociações eleitorais, o parlamentar pondera que o momento requer foco prioritário nas medidas contra a pandemia.

O líder de Roberto Cláudio na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), Ésio Feitosa, foi outro a desembarcar no PSB. O POVO tentou contato com ele por ligações telefônicas, que não foram atendidas até o fechamento desta matéria.

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