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Eunício critica chance de correligionário Osmar Terra substituir Mandetta no ministério da Saúde

Apesar de colegas de partido de Terra, ex-presidente do Senado defendeu condução de Mandetta durante a crise provocada pela Covid-19
16:57 | Abr. 06, 2020
Autor Carlos Holanda
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Carlos Holanda Repórter
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Tipo Notícia

O ex-presidente do Senado, o cearense Eunício Oliveira (MDB), criticou a possibilidade de Osmar Terra vir a ser o próximo ministro da Saúde, em meio aos atritos entre o presidente Bolsonaro e o atual titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta. O Globo informa que Mandetta pode ser demitido nas próximas horas.

Curiosamente, Eunício e Terra são correligionários. Eunício é ex-tesoureiro nacional da legenda, mas hoje é vogal do partido, assim como Terra. "O MDB não pode endossar o nome do senhor Osmar Terra em uma possível substituição ao atual ministro. Seria um erro", disse o cearense em uma rede social.

Eunício também elogiou o Mandetta, que é filiado ao DEM, creditou a ele "ótimo trabalho", independentemente da "ideologia ou cor partidária." "Conduz bem a nossa nação frente a crise do Covid-19", disse o político.

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A legenda ainda não manifestou posicionamento oficial sobre o tema. Mas o MDB ocupa posições estratégicas no governo Bolsonaro. O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) é líder do Governo no Senado, por exemplo. O próprio Terra é ex-ministro da Cidadania, área atualmente ocupada por Onyx Lorenzoni.

Ao contrário de Mandetta, que segue a orientação da Organização Mundial de Saúde — e de todos os países em enfrentamento do ápice da crise do coronavírus — de que o isolamento social é essencial para evitar a disseminação do vírus, Osmar Terra tem usado expediente nas redes sociais para criticar a pauta, alinhando o discurso com o do presidente Bolsonaro.

O imbróglio

Nos bastidores do Planalto, já era patente a insatisfação do presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Saúde. O capitão reformado desautorizou o médico em sucessivas oportunidades, como quando apertou mão de manifestantes no dia 15 de março, durante protestos contra o Congresso e o STF, ou quando passeou por Ceilândia (DF) e se comunicou com comerciantes, ignorando orientações de isolamento dadas pela pasta.

No último domingo, na já comum conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, residência presidencial, Bolsonaro afirmou, no plural, que ministros do seu governo estão "se achando estrelas". Em tom ameaçativo, disse que sua "caneta funciona", em alusão a um ato demissional.

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