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Estudantes protestam contra Bolsonaro e Carlos responde no Twitter com críticas ao colégio

A maior parte dos presentes era formada por alunos de instituições federais, como o Colégio Pedro II. Em seu Twitter, Carlos Bolsonaro, filho do presidente e vereador do Rio, acusou a escola de ser "um dos principais polos formadores de militantes políticos da esquerda"
14:18 | Mai. 06, 2019
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) participava de uma cerimônia em celebração aos 130 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ), quando grupo de aproximadamente 300 manifestantes promoveu protesto em frente ao prédio. A maior parte dos presentes era formada por alunos de instituições federais, como o Colégio Pedro II. Em seu Twitter, Carlos Bolsonaro, filho do presidente e vereador do Rio, acusou a escola de ser "um dos principais polos formadores de militantes políticos da esquerda".

Segundo a UOL, os alunos protestavam contra o corte de verbas na Educação, que foi anunciado pelo governo no último dia 30. Os alunos também eram do Cefet e Instituto Federal, além de universidades, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um grupo estaria carregando bandeiras da Frente Internacionalista dos Sem Teto.

O presidente deveria permanecer no evento por, no mínimo, duas horas, junto ao governador do Rio, Wilson Witzel, e o prefeito da cidade, Marcelo Crivella. Um forte aparato do Exército foi montado no entorno do prédio para receber Jair Bolsonaro.

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Embora não cite diretamente a manifestação, Carlos Bolsonaro usou sua conta no Twitter para falar do Colégio Pedro II, instituição que era representada pelos alunos no protesto. "Pedro II: de um dos melhores colégios do Rio de Janeiro a um dos principais polos formadores de militantes políticos da esquerda, transformando educação de qualidade em péssimos resultados acadêmicos", disse o vereador.

Junto ao texto, ele publicou o vídeo de Caio Copolla, comentarista de política do programa Morning Show, da Jovem Pan. Nas imagens, Caio comenta uma ação por improbidade administrativa que o reitor do Pedro II, Oscar Halac, sofreu junto ao Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-RJ) e o professor e vereador Tarcísio Motta de Carvalho.

Segundo o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ), o Sindscope fundou um núcleo do Psol dentro do colégio, além de ter feito propaganda eleitoral em 2016 a favor dos candidatos do Psol Marcelo Freixo e Tarcísio Motta de Carvalho, realizados por servidores dentro do colégio.

O comentarista também aponta um suposto mau desempenho da instituição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), afirmando que o Pedro II não figura sequer entre as 30 melhores escolas do Rio de Janeiro. Inclusive, ele afirma que o reitor relevou o resultado negativo nas avaliações de 2015, afirmando: "Não considero uma escola boa ou ruim de acordo com este ranking".

Entretanto, o Colégio Pedro II lidera o ranking de melhores escolas públicas do estado do Rio de Janeiro que participaram do Enem 2015. Os campi Niterói e Centro ocupam o primeiro e segundo lugares, respectivamente, levando em consideração a média geral do exame (redação e provas objetivas), segundo ranking geral divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Em fevereiro de 2019, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Direção de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, parabenizou o Colégio Pedro II por resultados alcançados na Prova Brasil, Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), divulgado em janeiro pelo INEP/MEC.

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