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Novo relatório do Coaf revela pagamento de título de R$ 1 milhão feito por Flávio Bolsonaro

Não é mencionado o beneficiado do recebimento de dinheiro
22:00 | Jan. 19, 2019
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O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou um novo trecho sobre o relatório das transações financeiras do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Segundo o documento, exibido no Jornal Nacional (Rede Globo) na noite deste sábado, 19, detalha pagamento de um titulo bancário no valor de R$ 1.016.839 da Caixa Econômica Federal, porém não identificou o favorecido pelo recebimento do dinheiro e a data. 

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou ao Coaf um novo relatório sobre o senador, depois que o órgão público identificou movimentações suspeitas na conta bancária de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

No novo relatório são analisadas movimentações de Flávio entre os meses de junho e julho de 2017. Foram feitos 48 depósitos em espécie numa agência bancária de autoatendimento na Alerj de R$ 2 mil, valor limite permitido nos caixas eletrônicos da Assembleia. 

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Em cinco dias, os depósitos contabilizaram R$ 96 mil, que ocorreram nas datas: 9 de junho de 2017 (10 depósitos, no intervalo de 5 minutos); 15 de junho de 2017 (5 depósitos, em 2 minutos); 27 de junho de 2017 (10 depósitos, em 3 minutos); 28 de junho de 2017(8 depósitos, em 4 minutos) e 13 de julho de 2017 (15 depósitos, em 6 minutos). 

O relatório do Coaf aponta que Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flávio Bolsonaro movimentou em transações bancárias mais de 1,2 milhões de reais, consideradas suspeitas, entre janeiro de 2016 a janeiro de 2017. O MPRJ pediu ao órgão um detalhamento sobre os funcionários da Alerj, pois desconfiava que eles devolvessem parte do dinheiro recebido.

Na quinta-feira, 17, o ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar provisória que suspende o MPRJ de realizar investigação, até que Marco Aurélio decida sobre esse caso, no qual só acontece no próximo mês, devido às férias do ministro. 

Numa entrevista ontem à noite, 18, na Record TV, Flávio comentou que o MPRJ agiu “de forma ilegal” no caso relatado e informou ser contra o foro privilegiado, mas recorreu ao fato de ter sido eleito senador em sua defesa. 

                                                                                    Redação O POVO Online  


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