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Flávio Bolsonaro atribui a Queiroz contratação de parentes de suposto membro do Escritório do Crime

A organização criminosa é investigada por suposta atuação na execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes
17:40 | Jan. 22, 2019
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O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) responsabilizou o ex-assessor Fabrício Queiroz pela contratação da mãe e da esposa do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, 42. O militar é suspeito de integrar milícia conhecida como Escritório do Crime no Rio de Janeiro. A organização é investigada por suposta atuação na execução da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes.

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O grupo, segundo investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), atua em atividades  como grilagem, comércio ilegal de imóveis, receptação de carga roubada, extorsão, porte ilegal de armas, falsificação, agiotagem, corrupção e ocultação de bens. 

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Em nota publicada à imprensa, o senador disse que continua sendo “vítima de campanha difamatória com o objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro (PSL)”. Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, sogra e nora, respectivamente, apareceram nas investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) porque transferiram montantes em dinheiro para a conta de Queiroz. 
 
Raimunda chegou a depositar R$ 4,6 mil para o ex-assessor do parlamentar, apesar de receber salário líquido de R$ 5,1 mil por mês, segundo relatório do Conselho. Conforme reportagem da Folha de S. Paulo, a mulher é sócia de restaurante no Rio de Janeiro localizado em frente a agência do Itaú na qual foram realizados 18 depósitos em espécie para Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. No total, o montante depositado chegou a cerca de R$ 92 mil.
 
Defesa de Flávio
 
“A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço”, comenta o filho do presidente.
 
O capitão da PM Adriano Nóbrega é considerado foragido após operação do MPRJ contra 13 suspeitos de integrar milícia nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema. Flávio também homenageou o militar em 2003 e 2005 enquanto esteve como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. 
 
No ano passado, o agora foragido da Justiça prestou depoimento como testemunha do inquérito que investiga a morte da vereadora e do seu motorista. O MPRJ não confirma envolvimento do capitão no caso, mas também não descarta a suspeita. 
 
"Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar", aponta. Ele ainda faz ponderações quanto às homenagens e afirma sempre ter atuado na defesa de agentes da segurança pública. “Já concedi centenas de outras homenagens”, destaca a nota assinada por Flávio Bolsonaro. 

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