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Polícia do RJ intercepta plano de milicianos para executar o deputado Marcelo Freixo neste sábado

O trio é ligado a um grupo de milicianos já investigado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março deste ano
18:58 | Dez. 13, 2018
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Tipo Notícia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu plano de três homens para executar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Um dos suspeitos é policial militar. Os dados, contidos em relatório confidencial, foram divulgados pelo jornal O Globo, no fim da tarde desta quinta-feira, 13. O trio é ligado a um grupo de milicianos já investigado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março deste ano.
 
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O assassinato de Freixo, segundo o documento, aconteceria neste sábado, em Campo Grande (MS), durante compromisso político, o qual já estava detalhado em redes sociais. Freixo encontraria com militantes e professores da rede particular de ensino, no sindicato da categoria. 
 
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Segundo o documento da Inteligência da Polícia do Rio, ao qual o jornal O Globo teve acesso, os três nomes citados já eram investigados por um suposto vínculo em grupos paramilitares da Zona Oeste carioca há pelo menos cinco anos. 

O trio (um policial e dois comerciantes) também aparece em controle de operações ilegais da máfia dos caça-níqueis e jogo do bicho. 

Histórico
Freixo, que presidiu a CPI das Milícias em 2008, já recebera ameaças de morte. Pelo Twitter, o deputado federal eleito, que já cancelou sua agenda para sábado, criticou o fato de que, mesmo com os resultados positivos da CPI, nada foi feito para combater a “máfia” carioca.

Ele foi o segundo mais votado para deputado federal na eleição de outubro (com 342.491 votos) e é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

“No mês em quem a CPI das Milícias completa 10 anos, voltei a ser ameaçado. A CPI foi um marco no combate ao crime: mais de 200 indiciados e principais chefes presos. Apresentamos 48 medidas para enfrentar a máfia, mas nada foi feito. O relatório da CPI é uma conquista porque é propositivo e indica caminhos para derrotarmos as milícias. Autoridades do Município, Estado e União receberam o documento, mas não avançamos. Milicianos continuam matando, ameaçando, tiranizando principalmente quem vive nas áreas mais pobres”, completou o político.
 
Redação O POVO Online 

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