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Assembleia Legislativa pode sofrer alterações na bancada após retotalização dos votos pelo TRE-CE

A ação acontece em virtude da decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), que validou 6.598 votos de Lia Gomes (PDT)
19:38 | Dez. 13, 2018
Autor Israel Gomes
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Tipo Notícia
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A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) pode ter mudança na composição da bancada para 2019. O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) realizará retotalização dos votos nesta sexta-feira, 14, às 9h30min, em virtude da decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), que validou 6.598 votos de Lia Gomes (PDT).
 
[SAIBAMAIS] A comissão de análise será presidida pelo desembargador Haroldo Correia e composta pelos juízes do TRE-CE Alcides Saldanha Lima e Francisco Eduardo Torquato Scorsafava. O órgão informou que apenas o sistema oficial do TSE é capaz de calcular e apresentar os resultados, que podem ou não sofrer alteração nas vagas.
 
Diferente da disputa pelos cargos de presidente, governador e senador, as eleições para deputado estadual são proporcionais. Os votos válidos são divididos pelo número de vagas existentes na casa. No Estado, a bancada é formada por 46 cadeiras. O quociente eleitoral para vaga na AL-CE foi de 99.375. O que significa que esse foi o valor mínimo que um partido ou coligação teve de alcançar para eleger um candidato.
 
O nome de dois deputados eleitos foram ventilados como possíveis prejudicados pela decisão do TSE. O vereador de Fortaleza Soldado Noelio (Pros) e Walter Cavalcante (MDB) poderiam perder a vaga na casa para Lucilvio Girão (PP). Ele é o primeiro suplente da coligação formada por PDT, PP, PR, Dem, PRP e foi apontado por parlamentares da base aliada como principal beneficiário da retotalização dos votos.
 
Lucilvio evitou comentar o assunto, afirmando que não tinha certeza das informações. Ele disse que não gostaria de falar sobre o caso, para depois recuar. Segundo o deputado, faltou entre 2.500 e 3.000 votos para conseguir o mandato.
 
Por meio de nota, a assessoria do Soldado Noelio garantiu que o parlamentar permanece com a vaga. "Ele foi eleito com 24.591 votos e entrou por coeficiente partidário, dentro do número de vagas da sigla, que somou mais de 206 mil votos, garantindo duas cadeiras".
 
“Essa informação é meia verdade. Os votos foram contabilizados, mas é inverídico quando diz que o nosso mandato será afetado. A gente vai estar lá a partir do dia 1º de fevereiro”, disse o vereador de Fortaleza, acrescentando que a decisão poderia afetar outro parlamentar eleito na sobra eleitoral.
 
Já Walter Cavalcante disse ao O POVO Online que não acredita que o veredito do TSE modifique o resultados das eleições. “Tomei conhecimento que os votos seriam validados quando estava na Assembleia. Estou tranquilo em relação a isso, eu não saio do sério com esse assunto”.
 
Entenda o caso
 
Lia Gomes (PDT), irmã do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) e do senador eleito Cid Gomes (PDT), teve registro de candidatura negado pelo TRE-CE por não realizar recadastramento biométrico em Caucaia, seu domicílio eleitoral. Na tentativa de disputar a eleição, ela entrou com recurso no TSE, que concedeu decisão favorável. No entanto, poucos dias antes antes do pleito, a médica desistiu da disputa, por medo de que os eleitores acabassem “desperdiçando o voto”.
 
"Vou continuar (na política) independente de mandato. Estou pensando em montar uma Organização Não Governamental (ONG) para defender a causa das mulheres", revelou Lia Gomes. Ela ressalta que, por enquanto, não pretende tentar cargo político nas eleições de 2020. 
 
Colaborou Luana Barros 

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