Participamos do

Lula é acusado pela Lava Jato por lavagem de dinheiro em acordo com Guiné Equatorial

Transações ocorreram entre 2011 e 2012 envolvendo construtora brasileira
12:37 | Nov. 26, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril de 2018, foi acusado pela operação Lava Jato de ter usado sua influência internacional para ajudar na expansão do grupo brasileiro ARG na Guiné Equatorial. O petista também foi acusado de lavagem de dinheiro, pois teria recebido doação de R$ 1 milhão da empresa por meio de seu instituto filantrópico como contrapartida dos negócios no país africano.

Rodolfo Giannetti Geo, controlador do grupo ARG, também foi acusado dos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro. A operação iria divulgar mais informações em balanço divulgado à imprensa na tarde desta segunda-feira, 26, mas a coletiva foi cancelada pois, nesta manhã, uma pessoa ligada a Rodolfo, Adolfo Geo e sua esposa, Margarida Janete Geo, morreram em acidente de avião que vitimou mais duas pessoas em Minas Gerais.
 
[FOTO1] 
 
As transações, de acordo com o portal UOL, ocorreram entre setembro de 2011 e junho de 2012. Contratos de construção de rodovias na Guiné eram almejados por Geo, que então pediu a Lula que interferisse junto ao governo do país para conseguir a parceria. Um boleto divulgado pelo Ministério Público Federal mostra o registro da transferência de R$ 1 milhão, da ARG ao Instituto Lula, em 18 de junho de 2016.
 
[FOTO2] 

[SAIBAMAIS]Outra prova considerada pelo MPF seria uma carta, enviada por Lula em 12 de maio de 2012, e entregue em mãos por Geo ao presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang. “É muito gratificante quando vejo as empresas brasileiras atuando em sintonia com os mais altos objetivos do continente africano”, diz o ex-presidente em um dos parágrafos. Ele também menciona o nome de Rodolfo Geo e relembra ações feitas pela ARG desde 2007 na construção de estradas no País.

O caso foi remetido à Justiça Federal de São Paulo e o inquérito deve tramitar na 2ª Vara Federal de São Paulo, especializada em crimes financeiros. 
 
Redação O POVO Online 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente