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Havan é processada por coagir funcionários a votarem em Bolsonaro

Durante a corrida eleitoral, a empresa chegou a realizar pesquisas de intenção de voto entre seus funcionários, identificando e assediando quem tinha interesse em votar em candidato que não fosse Jair Bolsonaro (PSL)
12:07 | Nov. 23, 2018
Autor Wanderson Trindade
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Wanderson Trindade Repórter
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O Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) está movendo Ação Civil Pública com pedido de indenizações por danos morais coletivos e individuais contra a Havan Lojas de Departamentos. O órgão alega que há comprovação de que a empresa realizou pesquisas eleitorais entre seus empregados, identificando-os e praticando assédio moral, com interesse de interferir o voto que seria exercido nas eleições deste ano.
  
O valor pedido nas indenizações é de R$ 25 milhões por danos coletivos, além de R$ 5 mil por danos individuais a serem pagos a cada um dos 15 mil trabalhadores da empresa, o que soma R$ 75 milhões. O total chega a R$ 100 milhões.
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Na ação, os procuradores ressaltam que o empresário e dono da Havan, Luciano Hang, ameaçava fechar postos de trabalho caso seu então candidato Jair Bolsonaro (PSL) não fosse eleito presidente da República. Além do mais, eventos em sedes da empresa realizavam forte campanha política partidária em favor do deputado federal pelo Rio de Janeiro.
  
Tais condutas foram consideradas graves pelos procuradores, que acreditam que tanto Constituição Federal como a democracia e a liberdade de escolha política dos funcionários estariam “comprometidos”.
  
De acordo com o MPT-SC, “os trabalhadores que, por receio de perderem o emprego, estariam sendo forçados a votar em candidato contrário a própria predileção, gerando o dever de indenizar os empregados, mas também a coletividade afetada.

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