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Tranquilidade marca domingo de votação no interior do Ceará

Em cidades do Sertão Central e da Região Metropolitana de Fortaleza, dia de eleições foi tranquilo
20:56 | Out. 07, 2018
Autor Irna Cavalcante
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Irna Cavalcante Repórter no OPOVO
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Tipo Notícia
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O clima de acirramento político nestas eleições passou ao largo dos principais municípios do Sertão Central cearense. Em Quixeramobim, maior colégio eleitoral da região, com pouco mais de 56.473 eleitores, a votação foi marcada pela tranquilidade e quase não se viam nas ruas material de campanha ou manifestações públicas de apoio a candidatos.
 
 
Este aparente pouco envolvimento com a política não significa necessariamente apatia dos eleitores. Dona Maria Guedes, 93 anos, por exemplo, faz questão de votar. “O Brasil está um fuxico só, é pobre, rico, é ladrão... Está muito difícil escolher. Mas faço questão de votar porque na minha terra sempre votei. Amo minha cidade e acredito que isso pode ajudar a mudar”, projetou.
 
 
No Campus Andrade Furtado, que abriga o maior número de votantes da Cidade (2,6 mil), por volta das 11 horas, das dez seções, apenas duas apresentavam filas. Ainda assim o ritmo nas cabines não era lento. De acordo com o cartório eleitoral, ao longo do dia, só duas urnas tiveram de ser substituídas e nenhuma ocorrência formal foi registrada.
 
 
Já em Quixadá, onde pela primeira vez as votações foram 100% com biometria, em algumas escolas, as filas eram maiores e a espera chegou, em alguns casos, a 2 horas. Foi mais ou menos esse o tempo de espera de Mário Sobrinho, 47 anos, na escola César Cals. “Eu cheguei às 10h30min. Já são meio-dia e não votei. A fila está imensa e tudo isso para quê? Para votar em candidatos que não são ideais”, lamentava.
 
 
Quem teve a sorte de não enfrentar filas saiu com outra percepção do processo. “É bem mais rápido”, opinou a professora aposentada Maria do Socorro Pinheiro.
 
 
O marceneiro Antônio Carlos de Andrade disse que, neste ano, poucos candidatos ao Governo que foram ao Município fazer campanha ou realizar carreatas e comícios. Para decidir seu voto, ela não prestou atenção nos programas eleitorais que, segundo ele, mais prestam um desserviço com informações que não são confiáveis, preferiu a internet. “Mas fiquei atento às propostas deles”, garantiu.
 
 
Em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, as eleições também foram com urnas biométricas. E, embora esta não seja uma novidade, já que o recurso foi usado no pleito de 2016, em muitas escolas foram constatadas longas filas depois das 17 horas.
 
 
De acordo com o cartório eleitoral responsável pela área, dez urnas tiveram que ser substituídas (seis em Horizonte e quatro em Itatinga) e duas denúncias de crimes eleitorais, como transporte irregular de eleitores e distribuição de material de campanhas, foram averiguadas.  

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