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Pesquisas acertam ou erram mais? Confira balanço das últimas eleições

12:00 | Out. 03, 2018
Autor Érico Firmo
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Érico Firmo Editor e Colunista
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Tipo Notícia
Na última semana de campanha, cresce a expectativa e a polêmica em torno das pesquisas eleitorais. Sempre há desconfianças a respeito de erros e mesmo manipulações de resultados. Mas, o que indica o histórico? As pesquisas são confiáveis?
 

O POVO Online fez levantamento baseado em todas as eleições presidenciais deste século, com os números dos dois principais institutos do Brasil: Datafolha e Ibope. Em todos os casos, os dois institutos acertaram a colocação dos candidatos - quem foi primeiro, segundo colocado, quem foi para o segundo turno e quem venceu. Porém, em várias situações, os resultados estiveram fora da margem de erro das pesquisas. Foram considerados os números divulgados nas vésperas das eleições.


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Os institutos têm sido mais precisos no segundo turno. Desde 2006, os resultados estiveram sempre dentro da margem de erro. Já no primeiro turno, sempre tem havido algum número fora da margem de erro.
 

O pior desempenho dos institutos foi em 2014. Invariavelmente, os números de todos os três primeiros colocados, nos dois institutos, ficaram fora da margem de erro, de dois pontos percentuais. Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (então no PSB) tiveram menos votos do que sinalizavam Datafolha e Ibope. Aécio Neves (PSDB) teve mais.
 

[SAIBAMAIS]Em 2010, as intenções de voto em José Serra (PSDB) ficaram dentro da margem de erro, mas Dilma ficou abaixo das projeções.
 

Em 2006, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve números dentro da margem de erro, mas Geraldo Alckmin (PSDB) teve votação maior do que apontavam os institutos. Já em 2002, os números do Datafolha estiverem todos dentro da margem de erro no primeiro turno, mas o percentual de Lula no segundo turno estava acima do que se revelou nas urnas. Já o Ibope, naquela eleição, acertou o resultado do segundo turno, mas, no primeiro turno, deu percentual acima do que Lula teve.
 

Os institutos trabalham com intervalo de confiança de 95%. Ou seja, há 95% de chance de os números aferidos com aquela metodologia estarem dentro da margem de erro.

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