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PDT se manterá na oposição, diz Cid Gomes

Com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), o eleitorado aguarda as futuras negociações político-partidárias
20:29 | Out. 28, 2018
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[FOTO1]O senador eleito pelo Ceará Cid Ferreira Gomes (PDT) afirmou, na tarde deste domingo, 28, que o PDT se mantém como oposição independentemente do governo eleito. A estratégia da sigla reflete a decisão de lançamento imediato candidatura de Ciro Gomes para o pleito de 2022. Com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), o eleitorado aguarda as futuras negociações político-partidárias.
 
"O PDT – e isso não é uma posição minha, é uma posição partidária – discutiu essas questões após o primeiro turno e tomou algumas decisões. A primeira decisão: qualquer candidato que seja eleito, nós estaremos na oposição. Por quê? Espírito radical, espírito crítico além da conta? Não. A gente conhece os dois projetos, sabe das falhas dos dois projetos e por isso a gente tinha um terceiro projeto, que era a candidatura do Ciro. Qualquer que seja o resultado, o PDT estará na oposição, não participará do governo, não terá cargos e terá uma postura de oposição. Só não vai ser aquela oposição de ‘quanto pior, melhor’. Nossa oposição será consequente e responsável. O PDT também deliberou o lançamento imediato de nosso projeto, representado pela candidatura do Ciro em 2022”, declarou, à tarde, em entrevista ao O POVO.
 
Cid afirmou também estar “procurando compreender” qual é a rejeição que o eleitorado brasileiro teve à candidatura do petista Fernando Haddad, derrotado nas urnas com 44,46% dos votos válidos. “Ao meu juízo, é o fato de ser uma candidatura do Partido dos Trabalhadores. Entendi que a forma de superar isso seria o partido reconhecer os erros, pedir desculpas pelos erros e prometer não fazer mais. O projeto do Haddad tem o vício grave de boa parte dos que comandam o Partido dos Trabalhadores, que tem sido o partido que busca a hegemonia e que não teve escrúpulos em praticar atos desonestos, fisiológicos, achando que isso era o meio correto. A velha filosofia de que os fins justificam os meios", disparou.
 
Apesar do clima de tensão, Cid negou estar arrependido das severas críticas feitas ao PT no último dia 15 de outubro. “Estou consciente. O que fiz foi uma deliberação partidária, pensada, discutida, avaliada, e fiz na melhor das boas intenções. Embora eu não seja maniqueísta - e é preciso deixar bem claro que o PT fez muitas coisas boas - mas uma boa parte do partido perdeu qualquer tipo de pudor, ética, escrúpulos e passou a roubar descaradamente dinheiro público. Fez a mesma coisa que o PSDB. O PSDB acusou muito o PT e a gente viu expoentes grandes do partido com o mesmo tipo de prática. O povo brasileiro quis virar duas páginas, a página do PSDB e a página do PT”, encerrou o senador eleito.
 
Redação O POVO Online

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